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Relatório do Inca para o próximo triênio estima que as regiões Sul e Sudeste devem concentrar 70% dos diagnósticos anuais de câncer.

O Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou, nesta quarta-feira (23/11), o relatório Estimativa 2023 – Incidência de Câncer no Brasil. O órgão do Ministério da Saúde estima 704 mil novos diagnósticos da doença a cada ano entre 2023 e 2025. As regiões sudeste e sul devem concentrar 70% dos casos anuais, com maior incidência dos cânceres de mama feminino, de próstata e de cólon e reto.

O levantamento faz estimativas para o próximo triênio dos 21 tipos de câncer mais incidentes no país. Nesta edição foram incluídos os de pâncreas e de fígado, devido à sua relevância como problema de saúde pública no Brasil.

“O câncer de fígado aparece entre os dez mais incidentes na região norte, estando relacionado a infecções hepáticas e doenças hepáticas crônicas. O câncer de pâncreas está entre os dez mais incidentes na região sul, sendo seus principais fatores de risco a obesidade e o tabagismo”, afirma a pesquisadora da Coordenação de Prevenção e Vigilância do INCA (Conprev) Marianna Cancela.

Tipos mais recorrentes

O relatório do Inca aponta os tumores de pele não melanoma, de mama feminino e de próstata como os mais incidentes no país no próximo triênio, com 31,3%, 10,5% e 10,2% do total de casos, respectivamente. Em seguida aparecem o de cólon e reto (6,5%), pulmão (4,6%) e estômago (3,1%).

Entre os homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões do país, atrás apenas do de pele não melanoma. O Inca estima 72 mil novos casos a cada ano. Nas regiões de maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), os tumores malignos de cólon e reto ocupam a segunda ou a terceira posição. Nas de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente entre eles.

Para as mulheres, o câncer de mama aparece como o mais incidente também atrás do de pele não melanoma. São esperados 74 mil casos por ano até 2025. Em seguida vem o câncer colorretal, nas regiões mais desenvolvidas, e o do colo do útero, nas de menor IDH.

“As desigualdades sociodemográficas, culturais e também relativas à organização dos serviços de saúde nas regiões geográficas brasileiras refletem as diferenças no ranking dos tipos de câncer. Isso permite repensar as prioridades dos programas de controle de câncer e estabelecer ações adicionais direcionadas à realidade de cada local”, afirma a coordenadora de Prevenção e Vigilância do Inca, Liz Maria de Almeida.

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