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Medida entra em vigor nesta sexta-feira 

(Créditos de imagem: Ailton Cruz)

A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (28) novo corte no preço da gasolina, desta vez de 3,9%. É a segunda redução de preços na gestão Caio Paes de Andrade, que assumiu a empresa no fim de junho. A partir desta sexta (29), o litro de gasolina vendido pelas refinarias da estatal custará, em média, R$ 3,71, uma redução de R$ 0,15 por litro. O corte anterior, anunciado no dia 19, havia sido de 4,9%. A Petrobras estima que o repasse do novo corte às bombas seja de R$ 0,11 por litro, já que o produto final recebe 73% de gasolina e 27% de etanol.

“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência, que se estabilizaram em patamar inferior para a gasolina”, disse a empresa, em comunicado.
“E é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado global, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa de câmbio”, completou.

Com os dois cortes, o preço da gasolina nas refinarias da estatal acumula queda de 8,6% desde o início da gestão de Paes de Andrade, que assumiu a empresa com a missão de evitar novos aumentos durante o período eleitoral.

O diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), Pedro Rodrigues, diz que o preço do petróleo se estabilizou em patamares mais baixos, diante do risco de recessão, e que há excesso de oferta de gasolina hoje. “Tem gasolina pra caramba no mercado internacional e isso fez o preço cair muito.”

Segundo estimativa da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço médio da gasolina nas refinarias brasileiras estava R$ 0,07 por litro acima das cotações internacionais na abertura do mercado desta quinta.

O mercado, porém, tem apresentado grande volatilidade: na terça (26), as refinarias brasileiras vendiam o produto com defasagem de R$ 0,07 por litro em relação à paridade de importação.

Para analistas do banco Goldman Sachs, após o reajuste, a Petrobras ficaria com uma defasagem de 19% em relação à sua estimativa de paridade de importação.

O consumidor já vem sendo beneficiado pelos cortes nos impostos federais e estaduais sobre o combustível, aprovados em lei sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no fim de junho. ​

Desde então, o preço médio da gasolina nos postos brasileiros caiu 20,3%, para R$ 5,89 por litro.

Já o preço do diesel, que já não tinha incidência de impostos federais e tinha alíquotas menores de ICMS, foi menos afetado pelas medidas aprovadas pelo Congresso, com queda de apenas 1,2% nas bombas após os cortes de impostos estaduais.

O produto não terá seu preço alterado pela Petrobras e está R$ 0,10 por litro mais caro nas refinarias brasileiras, segundo os dados da Abicom.

Rodrigues, do CBIE, explica que o preço do diesel segue alto no mundo diante do aumento dos estoques em países europeus, que têm no combustível uma alternativa ao gás russo para a geração de energia elétrica. 

Fonte: Folha Press