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Nos próximos 15 dias, prefeituras devem concluir levantamento dos estragos e enviar relatório para o governo do Estado

(Créditos de imagem: Divulgação)

Pontes destruídas, vias de acesso intransitáveis, asfaltos recém-concluídos arrancados com a força das chuvas, mais de 15 mil pessoas sem moradias, mobílias em áreas urbanas e de baixa renda de 34 municípios e um prejuízo estimado em mais de R$ 3 bilhões em três semanas de temporais.

A avaliação parcial dos estragos das chuvas registradas acima da média em todo o Estado é do coordenador estadual de Defesa Civil, coronel Moisés Melo.

“Ainda não é possível determinar o volume exato dos prejuízos. Só saberemos nos próximos 15 dias, quando as prefeituras concluírem seus levantamentos e encaminhar para o governo estadual e para a Defesa Civil, mas acreditamos que, estimativamente, passa de R$ 3 bilhões”.

Os estragos foram maiores na região do litoral sul, nos municípios de Coruripe, Penedo, Feliz Deserto, Jequiá da Praia. No litoral norte, houve prejuízos materiais nos municípios de Jacuípe, Jundiá, Maragogi.

Na zona da mata, lavouras ficaram embaixo d’água, vias de acesso destruídas, áreas urbanas também, animais foram arrastados em propriedades que ficam às margens do rio Paraíba. Seis municípios do Vale do Paraíba registraram cheias.

Palmeira dos Índios, que fica entre o Sertão e o Agreste, segundo o coronel Moisés, não suportou e ficou sem água potável, contabilizando estragos urbanos, rurais milionários e uma morte. O prefeito, Júlio César, pelas redes sociais informou o cancelamento dos festejos juninos programados para começar neste domingo (12).

Segundo a Coordenação de Defesa Civil, as prefeituras de Arapiraca, Barra de Santo Antônio, Coruripe, Rio Largo, Marechal Deodoro, Santa Luzia do Norte, Roteiro, Feliz Deserto, Jequiá da Praia, Satuba, São Miguel dos Campos, Traipu e Penedo neste momento também contabilizam prejuízos e decidiram cancelar os festejos juninos.

A juíza Juliana Batistela, de Viçosa, acolheu, liminarmente, o pedido do Ministério Público que solicitou para a prefeitura limitar os gastos públicos do São João.

A decisão cabe recurso junto ao Tribunal de Justiça, mas a assessoria da juíza esclareceu que a decisão é liminar, não proíbe a festa, mas espera que parte dos recursos que seria para cachês altos de artistas seja destinada ao socorro das vítimas da cheia do Rio Paraíba. O presidente do Tribunal de Contas, conselheiro Otávio Lessa, também faz recomendação neste sentido.

“Ninguém é contra a tradição, os festejos juninos, mas nos municípios mais prejudicados é preciso bom senso e que as festas ocorram com artistas regionais e locais”, sugeriu. RECURSOS FEDERAIS Os temporais registrados em Alagoas nas últimas semanas deixaram mais de 15 mil pessoas desabrigadas e causaram danos materiais em 50 municípios.

Subiu de 33 para 34 o número de cidades em situação de emergência reconhecidas pela Comissão Estadual de Defesa Civil, disse o coordenador CDC, coronel Moisés Melo, ao destacar que o governo federal reconheceu a gravidade da situação. “As ajudas humanitárias e os recursos federais estão seguindo direto para os municípios, sem passar pela burocracia pública”.

Os alertas emitidos pela Defesa Civil auxiliaram as prefeituras e mais de 1 milhão de pessoas a deixar as áreas de risco. O número de casos fatais em Alagoas chegou a seis, muito menos do que em outros anos. A maioria das vítimas eram pessoas que resistiram sair de casas por falta de opção, de informação e não quiseram ficar em abrigos. 

Fonte: Gazeta Web