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Dois pilotos que tentavam fazer história mudando de aviões no meio do voo em um projeto chamado “Plane Swap”, da Red Bull, não conseguiram concluir a troca com sucesso e terminaram derrubando uma das aeronaves na noite deste domingo (24) nos EUA.

Os primos Andy Farrington e Luke Aikins, que são membros da Red Bull Air Force, planejavam o salto há 10 anos e, após centenas de horas de teste, colocaram o conhecimento em prática em uma base aérea no Arizona.

O evento foi televisionado e chegou a ser transmitido com comentários por um streamer brasileiro na noite de ontem. Durante o evento, os dois primos conseguiram subir as aeronaves Cessna 182 a 4,3 mil metros de altura. Quando elas estavam a uma velocidade de 225 km/h, a dupla ativou o piloto automático e pulou ao mesmo tempo para “trocar” de avião.

Durante o pulo, porém, a aeronave que era conduzida por Luke não ficou estável no ar como era planejado. Ela começou a girar e descer em queda livre e Andy, que estava no meio do salto a caminho do avião, precisou desviar e abrir um paraquedas para fazer um pouso de emergência.

“O avião azul está fora de controle”, disse Andy. Na transmissão, é possível ouvir Luke, que entrou na aeronave antes pilotada pelo primo com segurança, perguntando se tudo estava ok com Andy. “Estou bem”, respondeu o homem. Andy foi resgatado por um helicóptero, após pousar sem ferimentos.

PROCURANDO EXPLICAÇÕES – Em entrevista dada após o evento, a dupla afirmou que planejou diversos cenários, mas não contava com o que aconteceu. “Em vez de parar no ângulo de 90 graus, o avião continuou caindo. Não sei o que aconteceu”, disse afirmou.

“Fizemos 200 horas de testes de voo, mas nunca tivemos nada nem remotamente parecido com isso. Ele só continuou caindo”, acrescentou Luke, o idealizador da troca.

Em nota divulgada à imprensa norte-americana, a FAA (sigla em inglês para Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos) afirmou que vai investigar o acidente, já que a troca de aviões não teria sido permitida por eles.

“Na sexta-feira, a agência negou o pedido do organizador para isentar o evento das regulações federais que cobrem a segurança operacional dos aviões”, afirmou. A isenção solicitada pela organização do evento era referente a uma regra que diz que o avião precisa estar com pelo menos uma pessoa dentro dele enquanto está no ar.

Uma das justificativas dadas pelo órgão para a negativa foi de que não havia qualquer interesse público no evento e que o plano representava um risco para quem acompanhou o evento nas proximidades.

Folhapress