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A vacinação de crianças com idades entre 5 e 11 anos contra a Covid-19 pode ter reações semelhantes a outros imunizantes já conhecidos

Com a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a vacinação de crianças com idades entre 5 e 11 anos contra a Covid-19 já começou em alguns estados. Apesar da ocorrência de algumas reações adversas, especialistas indicam que a imunização da faixa etária é fundamental para conter a disseminação do coronavírus.

Os efeitos após a vacinação são os mesmos de outras vacinas: dor e inchaço no local da aplicação, febre, dor muscular, cansaço, dor de cabeça e náuseas. As reações podem durar de 24h a 48h, mas são normais e devem passas espontaneamente. Apesar de serem comuns, nem todas as crianças sofrem com os efeitos da aplicação do imunizante.

A médica Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que a chance de anafilaxia, alergia grave causada por medicamentos, com a vacina da Pfizer/BioNTech é semelhante à de outras vacinas já conhecidas. “Então, não é um risco alto. Não é algo que deva impedir uma família de vacinar os seus filhos”, explica.

O CDC, que já liberou a aplicação da vacina para crianças americanas há alguns meses, deixa claro no site oficial da entidade que reações graves na vacinação de pessoas de 5 a 11 anos são raríssimas. A análise, divulgada em um relatório de dezembro, foi realizada a partir das mais de oito milhões de doses aplicadas em pacientes da faixa etária no país.

De acordo com a entidade, apenas 100 crianças tiveram efeitos que podem ser descritos como graves, e febre e vômitos foram os mais comuns. Dois relatos de óbito ocorreram e estão sob revisão. Ambos eram de meninas com outras doenças e que tinham saúde frágil antes da imunização. “Nenhum dos dados sugeriu uma associação causal entre morte e vacinação”, afirmou o órgão.

A imunologista ressalta: “É consenso em muitos países que já adotaram a vacinação, inclusive no Brasil, que é sim uma vantagem vacinar as crianças e que essa imunização tem uma relação de risco-benefício muito favorável”.

Miocardite

Estudos científicos já mostraram que a miocardite, inflamação no músculo do coração, é um efeito colateral considerado raríssimo entre as pessoas vacinadas contra a Covid-19. Além disso, o risco de ocorrência é muito maior por conta da infecção com o coronavírus do que pela aplicação do imunizante.

Os especialistas consideram que o risco de desenvolver a condição nesta população é muito baixo. “Muito inferior à incidência de miocardite causa da pela Covid-19, por exemplo. Não houve nenhum caso relatado de mortes ou sequelas da inflamação no coração entre os adolescentes vacinados. Com as doses aplicadas em crianças nos EUA, também não”, destaca Ballalai.

A médica comenta que, nas oito milhões de doses aplicadas nos EUA, foram apenas 11 casos de miocardite relatados. Desse número, oito crianças já se recuperaram e não houve nenhum óbito relacionado a eventos cardiológicos em crianças por conta da vacina.

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