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Levantamento da CNT aponta que seriam necessários R$ 62,9 bilhões para a reconstrução de 554 km de vias que estão destruídas

Os custos que o Brasil teve com acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras superam em 111% os investimentos realizados. Até setembro deste ano, estima-se que os gastos com as ocorrências tenham chegado a R$ 8,85 bilhões. Enquanto isso, o total em investimentos em rodovias federais foi de R$ 4,16 bilhões, uma diferença de R$ 4,69 bilhões a menos.

Os dados são da 24ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias, divulgada pela Confederação Nacional do Transporte e pelo Sest/Senat, nesta quinta-feira (2/12). Segundo o levantamento, se a verba aplicada na melhoria da pavimentação, sinalização e geometria das rodovias fosse maior, os acidentes poderiam ser evitados e os gastos do governo, reduzidos.

situação estradas no Brasil CNT
Reprodução/CNT

Para toda a extensão pesquisada pela CNT – 109.103 quilômetros –, seriam necessários R$ 62,9 bilhões para a reconstrução de 554 km que estão com a superfície destruída e para a restauração de 41.039 km nos quais se identificam trincas, buracos, ondulações, remendos e afundamentos.

61,8% de rodovias regulares, ruins ou péssimas

O levantamento aponta que a malha viária pavimentada brasileira tem sérios problemas de sinalização e de traçado, além de buracos e irregularidades. A situação das rodovias, que já era ruim em 2019, piorou no ano de 2021.

De acordo com a CNT, hoje, 61,8% das pistas federais e estaduais são consideradas regulares, ruins ou péssimas. No último levantamento, a avaliação do estado geral das rodovias já ultrapassava a metade da malha investigada, com 59% de avaliação negativa.

Entre as 61,8% que entraram nos critérios de rodovias inapropriadas, 91% são públicas. O ponto mais criticado é o traçado da via, ou seja, curvas perigosas, vias simples que acabam gerando acidentes em ultrapassagens. No quesito geometria, 62,1% das vias têm algum tipo de problema. A sinalização também é ruim. Pela pesquisa, 58,9% das placas, das faixas e dos sinais são considerados regulares, ruins ou péssimos.

Quando se trata do asfalto em si, 52,2% da extensão analisada tem problemas; 47,8% estão em condição satisfatória; e 0,5% está com o pavimento totalmente destruído.

Buracos maiores que um pneu

Se forem observados os pontos críticos, o resultado é alarmante: em dois anos, eles aumentaram de 797 para 1.739, um acréscimo de 118% de problemas graves, erosões e buracos, que pegam os motoristas de surpresa. Entre eles, 1.363 trechos com buracos maiores que um pneu.

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