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Maria Eduarda Zambom, de 15 anos, foi considerada desaparecida depois de embarcar no carro do condenado, em 29 de março de 2019, e o corpo foi encontrado no dia seguinte com sinais de asfixia. G1 tenta contato com a defesa.

O motorista de van escolar acusado de estuprar e matar a adolescente Maria Eduarda Zambom, de 15 anos, em Catuípe, no Noroeste do Rio Grande do Sul, foi condenado, nesta quarta-feira (17), a 37 anos de reclusão em regime fechado.

O crime aconteceu em março de 2019, quando, segundo o Ministério Público, violentou e matou a jovem após pegá-la de carro, sob pretexto de levá-la à escola. O g1 busca contato com a defesa do réu.

O homem foi condenado pelo homicídio cinco vezes qualificado, estupro e ocultação de cadáver.

A juíza Rosmeri Krüger destacou que “a culpabilidade do réu é acentuada, considerando a intensidade de dolo no agir ao premeditar a condução da menor até o local dos fatos, tendo o condenado consciência da ilicitude do seu ato”. Ela destacou ainda a extensão do sofrimento dos familiares de Maria Eduarda, pois esperaram mais de 24 horas até terem a certeza de sua morte.

Ele segue preso na Penitenciária Modulada de Ijuí.

Relembre o crime
Maria Eduarda foi considerada desaparecida depois de embarcar no carro do acusado, que deveria buscá-la na manhã de 29 de março de 2019 para ir à escola. No dia seguinte, o corpo da adolescente foi encontrado com sinais de asfixia.

O MP aponta que o réu se aproveitou do fato de ser conhecido da família e dirigiu-se até a residência dizendo que a levaria ao colégio. Porém, trocou a van escolar por seu veículo particular. No caminho, parou o carro e arrastou Maria Eduarda para um matagal, obrigando-a a ter relações sexuais.

O homem foi hospitalizado com ferimentos no pescoço e no peito, em Ijuí. Depois, ainda foi encaminhado para Porto Alegre.

Em 24 de abril, ele teve alta e foi preso, sendo levado à Penitenciária Modulada de Ijuí. Em depoimento, negou o crime e apresentou duas versões.

Na primeira, disse que um motociclista armado com uma pistola o perseguiu, cortou a frente do veículo e o obrigou a asfixiar a vítima. Depois, o suposto motociclista teria cortado, com uma faca, o pescoço dele. O delegado contestou a versão.

Após ser questionado pela polícia, ele mudou a versão, afirmando que Maria Eduarda morreu por overdose. Disse que a menina o forçou a entrar com ela no mato, para que ela consumisse drogas, ameaçando inventar fatos sobre ele, caso não obedecesse.

No entanto, o laudo da perícia apontou, além da morte por asfixia, que o réu manteve relações sexuais com a vítima sem consentimento.

Fonte: G1