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Líder do grupo criminoso era ex-cabo, que foi licenciado da PM somente este mês

Pelo menos 12 pessoas foram presas nesta quinta-feira (21) na Operação Loki, desencadeada pela Polícia Civil de Alagoas no processo de investigação de fraudes realizadas nos concursos públicos das polícias Civil e Militar do estado. A fraude dos certames era executada por um grupo criminoso organizado e que tinha como líder o ex-cabo PM Flávio Luciano Nascimento Borges, deserdado da Coorporação e licenciado por imposição legal no dia 14 deste mês. A prisão aconteceu em João Pessoa (PB), na residência do investigado.

Em coletiva à imprensa na tarde desta quinta-feira, o delegado-geral da PC de Alagoas, Carlos Reis, e a comissão com outros quatro delegados, divulgaram detalhes da operação. Pela fraude, o candidato pagava R$ 50 mil à organização criminosa para ser aprovado, sendo R$ 10 mil antes de fazer a prova e o restante após receber o resultado. O grupo introduzia no concurso falsos candidatos encarregados de fazer o vazamento das provas. Uma vez fora do local do concurso, a prova era respondida por outro grupo e as respostas repassadas ao candidatos que contratavam o serviço. Pelo menos três concursos públicos foram fraudados no estado na área de segurança pública.

A operação Loki realizou 83 mandatos de busca e apreensão e 12 prisões nos estados da Paraíba, Sergipe, Pernambuco e Alagoas. Foram apreendidos 70 celulares, 3 pontos eletrônicos, 18 notebooks, 6 computadores e R$ 129 mil em espécie.  A polícia também prendeu candidatos envolvidos por tráfico de drogas e porte ilegal de armas. A Operação Loki ainda terá continuidade numa segunda fase, com mais cinco mandados de prisão preventivas de suspeitos de integrar a quadrilha já encaminhados.

Líder

O ex-cabo Flávio Luciano Borges era conhecido pelo crime de fraude contra concursos tendo sido alvo da Operação Gabarito em 2017. Na época, ainda como militar na ativa, ele foi acusado pela Polícia Civil da Paraíba como integrante de outra quadrilha de fraudes contra cerca de 70 concursos públicos. O alagoano teria recebido R$ 1 milhão pelo trabalho. Flávio Borges foi preso na residência onde vivia atualmente, em área nobre da capital paraibana. Na coletiva, os delegados afirmaram que o padrão de vida do ex-cabo era incompatível com a renda declarada. 

Também foi descartada qualquer participação de funcionários da banca organizadora do concurso, o Cebraspe, no crime. Os delegados acreditam que os equipamentos apreendidos vão levar a outros suspeitos por crimes diversos.

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