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A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu na quarta-feira (14) uma mulher suspeita por utilizar nome e registro no conselho de medicina falsos e chefiar duas UTI’s (Unidades de Tratamento Intensivo) no hospital particular Prontonil, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. As informações são do UOL.

A suspeita foi flagrada pela médica verdadeira, Bruna Carolina Rodrigues, que entrou no hospital e a gravou uniformizada no local após receber uma denúncia anônima.

“Olha aqui, pessoal, falsa médica se passando por mim. Bruna Carolina Rodrigues, com o meu CRM, no hospital particular Prontonil. Vê se pode isso, dentro de uma UTI particular? Médica falsa. Com o meu CRM. Tive que sair do meu trabalho, no hospital São José, em Duque de Caxias, para cá por uma denúncia anônima. Falsa médica aqui com meu carimbo”, diz a médica.

De acordo com o UOL, a falsa médica foi identificada como Bruna Carla Oliveira Sozim, foi presa em flagrante e teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, mas a Justiça entendeu que a prisão não era necessária.

“No que diz respeito à conversão da prisão em flagrante em preventiva, entende este magistrado que a prisão não se mostra necessária, adequada ou proporcional. A indiciada afirma ter domicílio fixo. Ademais, o crime em tese perpetrado é daqueles sem violência ou grave ameaça, além de que a custodiada é primária”, disse a Justiça.

A falsa médica terá o direito de responder em liberdade e cumprirá medidas cautelares como comparecimento mensal ao juízo e a proibição de se ausentar da comarca.

Ainda segundo o UOL, de acordo com o delegado Celso Gustavo Castello Ribeiro, da Delegacia de Nova Iguaçu, a falsa médica foi presa em flagrante pelos crimes de falsidade ideológica e exercício ilegal da medicina.

“Ela já está solta. As investigações seguem em andamento para apurar outras infrações e/ou envolvimento de outras pessoas”, disse o delegado.

O hospital disse em nota que a falsa médica nunca fez parte do quadro clínico da unidade, mas que um coordenador médico de CTI contratado neste mês foi responsável pelas contratações para o setor, que foram validadas pela direção.

Segundo a reportagem, esse coordenador já havia trabalhado com a médica Bruna Carolina Rodrigues, vítima da falsificação e, por conta disso, provavelmente ficou com toda a documentação dela, passando para a farsante.

A médica impostora apresentou à polícia um diploma de medicina da Bolívia, e disse que ainda não havia conseguido validar sua residência médica no Brasil.

Reiteramos que todas as medidas legais cabíveis já foram tomadas, com queixa-crime contra o médico coordenador, e intensificamos a segurança na entrada de todos os médicos do hospital com acesso eletrônico e digitais”, disse a direção do hospital.

istoe