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Foi divulgado ontem, domingo, 23, o laudo pericial da morte do funkeiro MC Kevin, que morreu ao cair da varanda de um hotel na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro no domingo, 16 de maio. Segundo a perícia a morte do artista foi acidental.

Com riqueza de detalhes, o laudo, assinado pelo perito Luiz Alberto Moreira, mostra os esforços de MC Kevin para não cair e qual a causa da morte do artista.

Conforme o perito, o quarto encontrava-se em completo desalinho, com camas fora de lugar e roupas íntimas espalhadas pelo chão. Nas camas e no banheiro, embalagens de preservativo e uma grande quantidade de toalhas usadas.

Também estão ali os vestígios de que o apartamento foi abandonado às pressas. A polícia encontrou só um pé da sandália de Bianca, esquecido ao lado da cama; confirmando o que ela afirmou que teria descido do local desesperada e deixado o calçado no local.

Na mesinha do quarto, em cima do frigobar havia garrafas de gim, energético e, ao lado de um cordão dourado, uma garrafa de champanhe que custa em torno de R$ 1,5 mil, consumida pela metade.

“Nós temos que destacar que todos os depoimentos relatam um consumo excessivo de álcool e substâncias entorpecentes, drogas ilícitas. Profundamente assustado, preocupado em ser surpreendido durante uma infidelidade conjugal pela sua companheira, ele se apavorou e tentou passar para o andar inferior quando escorregou, caiu e, infelizmente, morreu”, afirma o diretor da Polícia Civil no Rio, Antenor Júnior, em entrevista ao Fantástico.

A perícia não encontrou nenhum indício de briga ou de ações violentas no quarto. Apesar de toda a bagunça, em um primeiro olhar, nada ali indicava que a festa tinha terminado mal. Mas quando chegou à sacada, o perito teve elementos para reconstituir exatamente o que aconteceu, começando pelas marcas dos dedos no vidro da varanda.

Tanto Bianca quanto o MC VK dizem que viram MC Kevin tentando dar um impulso com o corpo antes de cair do quinto andar.

O laudo confirma que MC Kevin não caiu em linha reta, chegando no chão a uma distância de 4 metros da varanda de onde se atirou. Segundo a perícia, ele caiu de uma altura de 15 metros e teve dois pontos de impacto antes de cair no chão: primeiro, bateu na marquise do bar da piscina, escorregou dali e ainda resvalou no guarda-corpo da piscina antes de chegar ao local onde o corpo foi encontrado.

A perícia concluiu que Kevin caiu de pé, olhando para a fachada do prédio. Quando bateu no teto do bar da piscina, ele ainda tentou se segurar. O perito encontrou ali a marca de mão esquerda espalmada, com indícios de arraste. Na claraboia, ficou marcada a mão do MC, o retrato de um último esforço para não cair ainda mais.

Ele não conseguiu, até porque, segundo o laudo, a parte inferior da face, área da mandíbula, veio a atingir a “quina” desta laje. O impacto deixou uma pequena mancha de sangue e causou um grande ferimento na face, com fratura do osso nasal, maxilar e mandibular, e com uma ferida de três centímetros na língua.

O cercado da piscina tem a marca de que o corpo resvalou ali antes da última queda, de barriga para baixo, no pé da escada. “O que nós podemos afirmar hoje é que todas as provas testemunhais e a prova pericial nos levam para um acidente”, diz policial.

Por Redação com Fantástico