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Jorge Ferreira não queria permitir que Marcus Vinícius Correia saísse pela portaria principal de condomínio. Vítima teve traumatismo craniano e morreu após ficar seis dias internada.

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou o motoboy Marcos Vinícius Gomes Correia pela morte do porteiro Jorge José Ferreira.

A vítima foi agredida com uma barra de ferro após uma discussão com o entregador em um condomínio na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Jorge Ferreira morreu após seis dias internado.

“O denunciado, consciente e voluntariamente, com animus necandi, efetuou diversos golpes com uma barra de ferro na região craniana do porteiro Jorge José Ferreira, causando-lhe as lesões corporais descritas no Laudo de Exame de Corpo de Delito de Necropsia (…) as quais foram a causa eficiente de sua morte”, afirma o Ministério Público do Rio na denúncia.

Testemunhas contaram que a briga começou depois que o porteiro Jorge José Ferreira impediu que o motoboy Marcos Vinícius Gomes Correia deixasse o condomínio pela saída principal.

“A família do senhor Jorge José vê a denúncia como o primeiro passo para realização da justiça. Agora, aguarda que o juiz receba a acusação de homicídio doloso e entenda pela necessidade da prisão do Marcus Vinicius”, disse o advogado da família da vítima, Bruno Castro.

Agredido com barra de ferro
O porteiro levou vários tapas e chutes até conseguir correr para a guarita do prédio, onde pegou a barra de ferro. Ainda segundo testemunhas, o entregador tomou a barra de ferro do porteiro e passou a agredi-lo com o objeto.

O corpo de Ferreira, de 58 anos, foi enterrado no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, na Zona Oeste. Ele estava internado no Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, desde a noite da briga, no dia 29 de março.

O caso foi registrado na 16ª DP (Barra da Tijuca), que instaurou inquérito para apurar a morte do porteiro. Imagens de câmeras estão sendo analisadas e testemunhas estão sendo ouvidas. O laudo do Instituto Médico Legal, apontando que a causa da morte foi traumatismo craniano, será anexado ao inquérito.

O que dizem os envolvidos
Em um vídeo postado em redes sociais, o entregador afirmou que foi agredido pelo porteiro depois de se perder no condomínio e descer por engano pelo elevador social.

Após a briga com Jorge Ferreira, Marcus Vinícius disse que foi agredido e imobilizado por outros quatro porteiros e ameaçado por um morador que disse ser policial. O entregador registrou queixa na 16ª DP (Barra).

O advogado da família de Jorge Ferreira, Bruno Castro, afirmou que “quem desfere sete golpes na cabeça de uma pessoa aceita a possibilidade de sua morte”. Castro diz ainda que foi pedida a prisão preventiva de Marcus e o indiciamento por homicídio, diante da brutalidade dos fatos e a possibilidade de fuga.

Ainda segundo ele, na certidão de óbito consta como causa da morte: “Traumatismo do crânio, com hemorragia das meninges, ação contundente”.

Fonte: G1