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As crianças de Itirapina (SP) que receberam por engano a vacina contra a Covid-19 quando procuraram uma unidade de saúde para se imunizarem contra a gripe fizeram testes sorológicos neste sábado (17). Os exames foram realizados na Vigilância Epidemiológica e encaminhados para o Instituto Adolfo Lutz.

As duas gestantes que também receberam a dose errada passaram por ultrassom neste sábado. A assessoria de imprensa da prefeitura informou que todos estão bem e ninguém precisou de assistência médica devido a algum sintoma.PUBLICIDADE

A mãe de uma das grávidas que tomou a vacina por engano disse temer pela filha e pelo neto. Já a faxineira Milena Jeane Ribeiro, mãe de um menino de 4 anos, contou que levou um susto quando soube do engano.

Na terça-feira (13), 46 pessoas foram vacinadas por engano na cidade do interior de São Paulo. Entre os vacinados de forma errada estão 18 adultos – sendo duas gestantes – e 28 crianças, na faixa etária de 1 a 5 anos.

Sem 2ª dose

O Instituto Butantan, fabricante da vacina contra Covid-19 CoronaVac, informou que não é indicada a aplicação da 2ª dose do imunizante em crianças e gestantes que receberam a 1ª por engano.

O fabricante da CoronaVac ressaltou que é importante que, em casos como esse, as vigilâncias municipais acompanhem e coletem informações individuais das crianças e gestantes expostas, solicitando que busquem orientação imediata nos serviços de saúde caso apresentem algum evento adverso.

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Itirapina, o erro foi percebido durante o controle do estoque das vacinas, na quarta-feira (14), quando foi notada a falta de 46 doses da CoronaVac.

De acordo com a prefeitura, uma técnica de enfermagem enviou erroneamente frascos da CoronaVac do Centro de Saúde para o local onde está ocorrendo a campanha de vacinação contra gripe (influenza), na Escola José Cruz. Apenas a profissional que aplicou a vacina foi identificada. O nome dela não foi divulgado.

A campanha de imunização contra a gripe começou na segunda-feira (12). Para não causar conflito com a imunização contra a Covid, a 1ª etapa , que geralmente começa pelos idosos, foi destinada este ano a crianças maiores de 6 meses e menores de 6 anos, gestantes, puérperas, povos indígenas e trabalhadores da saúde.

Investigação

Em nota, o Ministério da Saúde informou que a orientação é para que estados e municípios façam o acompanhamento e monitoramento de possíveis eventos adversos à quem recebeu as doses das vacina Covid-19 por engano por, no mínimo, 30 dias.

Um boletim de ocorrência foi registrado. A Polícia Civil vai ouvir testemunhas, mas o inquérito ainda não foi aberto.

“Nós já estamos empreendendo diversos atos de investigação, mas para caracterização de crime de lesão corporal a gente precisa de um lapso de tempo maior porque os efeitos da vacina podem acontecer no decorrer destes dias. E caracterização do crime vai depender dos efeitos na saúde de cada uma das pessoas vacinadas”, explicou a delegada Lais Navarro Ramid.

A delegada solicitou à prefeitura a lista com os nomes das 46 pessoas que foram vacinadas e pretende ouvir a todos, além dos responsáveis da Secretaria de Saúde e pelo envio e vacinação das doses.

G1 SP