https://webradiojuventude.com/portal/wp-content/uploads/2023/07/Hosp-do-Coracao-728pxl-x-90pxl-1.pnghttps://webradiojuventude.com/portal/wp-content/uploads/2023/09/728x90-2CT-1.gif

A Polícia Federal investiga se a cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, que se passou por enfermeira, comercializou e aplicou vacinas contra a Covid-19 falsas, importadas ilegalmente ou desviadas do Ministério da Saúde.

A Polícia Federal cumpre na tarde desta terça-feira (30) mandados de busca e apreensão na residência da cuidadora de idosos Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas, e do filho dela, Igor Torres de Freitas. Os dois teriam, supostamente, comercializado e aplicado vacinas importadas ilegalmente, desviadas do Ministério da Saúde ou ainda falsificadas contra a Covid-19 em uma garagem de ônibus comandada por um dos maiores conglomerados de transporte do estado.

Mãe, filho e o motorista da família, que teria levado a mulher até a garagem no dia da vacinação, serão levados para a Polícia Federal onde prestarão depoimento.

Policiais federais chegam à garagem da empresa Saritur, em BH — Foto: Reprodução/TV Globo

Em depoimentos prestados aos delegados que investigam o caso nesta segunda-feira (29), os empresários Rômulo e Robson Lessa admitiram a aquisição dos medicamentos sem procedência para a doença que já matou mais de 300 mil pessoas no Brasil. O valor cobrado por mãe e filho estelionatários por duas aplicações foi de R$ 600.

Rômulo Lessa, de camisa escura, chega acompanhado do irmão, Robson Lessa, na Polícia Federal — Foto: Reprodução/TV Globo

De acordo com a PF, a mulher, que fingia ser enfermeira, tem passagem por furto e também teria comercializado a vacina falsificada, importada ilegalmente ou desviado do Ministério da Saúde para outras pessoas em Belo Horizonte, além dos investigados na operação Camarote. A PF investiga a origem das vacinas vendidas pela dupla, para identificar se são realmente falsificadas ou importadas de maneira ilegal. Um mandado também foi cumprido em uma clínica.

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos na garagem onde supostamente ocorreu a vacinação e em residências dos empresários. Aparelhos celulares, computadores e documentos, incluindo uma lista com 57 nomes de pessoas que teriam se vacinado clandestinamente, foram apreendidos.

Cláudia Mônica Pinheiro Torres de Freitas — Foto: Reprodução/TV Globo

O delegado Leandro Almada havia adiantado à TV Globo três linhas de investigação: supostamente, pode ter havido a importação irregular ou ilegal de imunizantes; também há hipótese de desvio de imunizantes pelo Ministério da Saúde; e fraude.

A operação foi deflagrada após reportagem da revista Piauí, publicada no dia 24 de março, quando foi revelada por meio de vídeos a vacinação clandestina de empresários e políticos dentro de uma das garagens de empresas comandadas pelos irmãos Lessa.

Fonte: G1