https://webradiojuventude.com/portal/wp-content/uploads/2023/07/Hosp-do-Coracao-728pxl-x-90pxl-1.pnghttps://webradiojuventude.com/portal/wp-content/uploads/2023/09/728x90-2CT-1.gif

Para quem achou que o novo decreto editado pelo governador Renan Filho (MDB) fechou o cerco, um novo relatório, de 25 páginas publicado pelo Imperial College de Londres, com foco específico no Brasil, recomenda ações ainda mais duras para conter a expansão do novo coronavírus.

No estudo, divulgado com exclusividade pelo portal G1, Alagoas aparece com a chamada “taxa de reprodução (R)” do vírus, ou seja, a velocidade de contágio, em 1,27. Segundo os estudiosos, para manter a epidemia sob controle, é necessário reduzir o R abaixo de 1, o que não acontece em nenhum estado brasileiro (confira quadro abaixo). O número de reproduçaõ (R) corresponde aproximadamente à media de pessoas a quem cada infectado pela doença transmite o vírus. “Um número de reprodução acima de 1 significa que a epidemia não está ainda controlada e continuará a crescer”, afirmam os pesquisadores.

Estimativas para pandemia no Brasil

EstadoProporção de infectados (taxa de ataque, em %)Número de reprodução (R)
SP3,31,47
RJ3,351,44
CE4,461,61
PE31,32
AM10,61,58
PA5,051,9
MA2,071,55
BA0,41,37
ES2,241,57
PR0,251,16
MG0,131,3
PB0,641,23
AL1,21,27
RS0,421,44
RN0,561,18
SC0,231,14

No caso brasileiro, eles avaliam que o R caiu 54% do patamar inicial, estimado em torno de 3 e 4. “Reduções substanciais no número de reprodução médio já foram alcançadas por meio das intervenções”, alertam os pesquisadores.

“Mesmo que a epidemia brasileira ainda seja relativamente nascente em escala nacional, nossos resultados sugerem que mais ação será necessária para limitar sua expansão e evitar a sobrecarga do sistema de saúde”, afirmam os pesquisadores no documento.

Infectados

Quanto à taxa de infectados, Alagoas, com 1,2% da população, não está entre os maiores índices, mas supera 7 estados, como Bahia, Rio Grande do Norte e Paraíba. O estado do Amazonas lidera com 10,6%.

“Os resultados mostram que até agora as reduções na mobilidade não foram rigorosas o bastante para reduzir o número de reprodução abaixo de 1”, afirmam. “Essa tendência está em franco contraste com outras epidemias de Covid-19 na Europa e na Ásia, onde quarentenas forçadas reduziram com sucesso o número de reprodução.”

“De modo mais amplo”, concluem os cientistas, “nossos resultados sugerem que, na ausência de novas medidas de controle que reduzam a transmissão, o Brasil encara a perspectiva de uma epidemia que continuará a crescer exponencialmente.”

G1