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Um norte-americano de 32 anos foi parar no hospital duas vezes em um intervalo de apenas 14 dias. O motivo? Ele teve ereções que duraram 12 e 6 horas respectivamente. Segundo um estudo do caso publicado no Journal of Cannabis Research, a rigidez peniana aconteceu pouco após a utilização de maconha em ambas as vezes

Como explicaram os especialistas, a ereção do pênis que ocorre independente do desejo sexual, causa dor e permanece por horas consecutivas é conhecida como priapismo. O problema geralmente resulta da utilização de medicamentos, mas também pode ser um efeito colateral de danos nos nervos ou doenças como a leucemia.

Já a maconha, entretanto, é conhecida por causar disfunção erétil — o que não foi o caso desse norte-americano. Estudando o histórico do paciente, seus médicos descobriram que episódios de priapismo já haviam ocorrido antes, geralmente algumas horas após ele fumar a erva.

“Ele admitiu um histórico de uso de maconha aos dezesseis e dezessete anos, período em que teve priapismo recorrente com duração inferior a quatro horas, nunca precisando de tratamento médico”, escreveu a equipe no artigo. “Ele deixou de usar cannabis na casa dos vinte anos e, durante esse período, não teve nenhum episódio de priapismo.”

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Quando o homem começou a fumar a erva novamente, as ereções indesejadas retornaram. “Ele admitiu fumar maconha várias noites por semana nos últimos seis meses, inclusive no período de duas horas antes de cada episódio de priapismo”, descreveram os profissionais da saúde. “Durante esse período, o paciente teve quatro ou mais episódios de uma ereção persistente, com duração de quase quatro horas, que foram resolvidas sozinhas.”

Embora os médicos tenham certeza de que foi a maconha que causou o priapismo, eles realmente não sabem o porquê. As especulações são de que um dos compostos da erva, o tetra-hidrocanabinol (THC), interagiu com os receptores canabinóides do corpo, impedindo seu o relaxamento do órgão.

Eles também deram outras alternativas, como o efeito da substância sobre o sistema vascular, que teria aumentado o fluxo sanguíneo, ou uma maior ativação das plaquetas do sangue, possivelmente causando coágulos e impedindo a saída do sangue do pênis.

Felizmente, o homem pôde ser tratado e seu pênis voltou a ficar flácido. Ainda assim, os especialistas esperam continuar estudando casos como o dele para poder compreender melhor os efeitos do uso de maconha na genitália masculina. O artigo sobre o caso foi publicado no Journal of Cannabis Research.

Por: Galileu