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Cerca de 30 brasileiros no Irã estão em contato direto com a embaixada brasileira em Teerã e com o Governo Federal para tentar viabilizar a saída do país, que é o local fora da China que tem o maior número de mortes do Covid-19, a doença causada pelo novo coronavírus. 

Um desses brasileiros é o alagoano Cristiano Cabral, de 39 anos, que é dono de uma empresa de turismo. O maceioense falou com o TNH1 na tarde deste sábado (29) e relatou o drama vivido na capital iraniana.

Sou de maceió, trabalho há 15 anos nos Emirados Árabes e tenho uma empresa de turismo. Estou com um grupo de brasileiros aqui no Irã. Chegamos no dia 15, estava tudo bem, não tinha nenhum caso. De repente, no dia 24, uma empresa aérea da Turquia cancelou os voos. Quando eu consegui botar o nosso voo para o dia 25, para Dubai, de repente começou a ser tudo cancelado. Geralmente quando acontece algo, as linhas aéreas dão prazo. Desta vez foi de imediato. Os voos dos painéis estavam confirmados e de repente começaram a cair. Estamos isolados, ilhados”.

Cristiano afirmou que a embaixada brasileira está ajudando e criou um grupo de WhatsApp para reunir o grupo de aproximadamente 30 brasileiros que querem deixar o país. 

“A partir daí começou nosso problema. A gente não consegue sair do país. A embaixada brasileira conseguiu um voo para Armênia, mas a Armênia não deixou a gente ir. Outro voo para Moscou também foi cancelado. A embaixada brasileira em Teerã está sabendo e dando apoio. O Governo Brasileiro está se mobilizando, as pessoas de alto escalão estão sabendo, mas nós estamos em contato com a mídia para que tenhamos mais ajuda”, explicou o alagoano. 

De acordo com o empresário, o espaço aéreo iraniano foi fechado, assim como as fronteiras terrestres. Responsável por um grupo de seis pessoas, clientes da empresa de turismo, ele demonstrou preocupação pelo fato de a média de idade dessas pessoas ser de 70 anos. 

“Contando comigo são sete pessoas. Ninguém sai na rua do meu grupo, não deixo eles saírem, a média de idade dos nossos clientes é de 70 anos. Fico com medo que eles peguem ou contraiam alguma coisa. Eu que saio nas ruas, supermercados, farmácias, enfim. Não deixo eles saírem. Estamos no hotel 24h. Todos os lugares que você anda, tem gente na porta tirando temperatura de todo mundo. Se você tiver alguma febre, eles já te reportam ao governo e te encaminham ao hospital. Tem muita gente doente no país”. 

A esperança do alagoano e dos demais brasileiros é a operação feita pelo Governo Federal, feita em 7 de fevereiro, que resgatou em Wuhan, epicentro do Covid-19 na China, 34 passageiros em dois aviões da Força Aérea Brasileira.

“A situação de Wuhan deu esperança para a gente. Já que aconteceu uma vez, esperamos que aconteça a mesma coisa. Aqui o Irã está totalmente isolado. Até as fronteiras terrestres estão todas fechadas”, comentou. 

TNH1 entrou em contato com o Itamaraty para saber quais procedimentos estão sendo tomados em relação aos brasileiros que estão no Irã, mas até o fechamento da matéria não havia obtido resposta. 

TNH1