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Na quinta-feira, 2 de janeiro, os EUA atacaram por drones a capital do Iraque, Bagdá, deixando morto o general iraniano Qassem Soleimani, chefe da Guarda Revolucionária Islâmica. Soleimani era considerado o segundo nome mais poderoso do país. Segundo as forças de segurança do Iraque, ao menos nove pessoas morreram no ataque.

A ordem do ataque foi dada pelo presidente Donald Trump, que culpa Soleimani pela morte de americanos e afirma que o ataque ao general se deu para “conter o terror” no país.

O Departamento de Defesa dos EUA declarou que “sob o comando do presidente [Donald Trump], as forças armadas dos EUA agiram defensivamente de forma decisiva, matando Qassem Soleimani para proteger os indivíduos americanos no exterior”.

O contra-ataque do Irã na noite de 7 de janeiro.

Ameaça a Israel

Em 3 de janeiro, como uma resposta ao ataque dos EUA, um porta-voz da Guarda Revolucionária do Irã, que ela liderada por Qassem Soleimani, afirmou que “há preparação para destruir Israel”, segundo o canal de TV Iran International.

Em nota, o Irã afirmou que os Estados Unidos cometerem o “maior erro estratégico” no Oriente Médio” e serão responsáveis “pelas consequências desta aventura criminosa”.

O que o Brasil tem com isso?

No fim da tarde de 3 de janeiro, o presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre a ofensiva americana. Ele acredita que se acontecer um conflito entre Irã e Estados Unidos, poderá representar “o fim da humanidade”, por causa do poder bélico que as duas nações têm em mãos.

Em consequência, pelo Twitter as mensagens extrapolaram os níveis normais revelando o medo de que Bolsonaro, em algum momento, demonstrasse apoio aos EUA e, consequentemente, gerasse uma situação conflituosa entre Brasil e Irã.

Apesar de Bolsonaro não ter dado declarações públicas que comprometessem a neutralidade brasileira, o Itamaraty divulgou uma nota apoiando a ação dos EUA e dando a entender que a diplomacia brasileira considerava Soleimani um terrorista.

Diante disso o governo do Irã convocou o representante brasileiro em Teerã, no domingo, 5 de janeiro, para pedir explicações.

Ameaça de Trump

Na tarde de 5 de janeiro, Donald Trump fez novas ameaças ao Irã, caso o país persa opte por uma vingança. Trump disse, em sua conta no Twitter, que pode revidar “talvez de forma desproporcional” se algum americano for atingido pelo Irã.

Irã contra-ataca

Na noite de terça-feira, 7 de janeiro, o Irã atacou duas bases militares que abrigam americanos no Iraque. O bombardeio, por intermédio de doze mísseis, foi atribuído à Guarda Revolucionária do país.

A TV oficial iraniana afirmou que “corajosos combatentes da marinha da Guarda Republicana lançaram uma operação bem-sucedida chamada ‘Mártir Suleimani’ para disparar dezenas de mísseis terra-terra na base das terroristas e invasoras forças armadas norte-americanas”.

Em seguida, o presidente Donald Trump fez uma publicação em seu Twitter afirmando que “tudo está bem” e que fará um pronunciamento na manhã de 8 de janeiro. Já a Guarda Revolucionária do Irã informou que os ataques são o primeiro passo da “dura vingança” pelo assassinato de Soleimani.

Americanos pelo mundo ficam em alerta!

As embaixadas dos EUA ao redor do mundo, inclusive no Brasil, emitiram alerta para os norte-americanos que vivem fora de seu país para “manterem discrição” e “reverem planos de segurança pessoal”.

A embaixada no Brasil recomenda que os cidadãos fiquem alertas e que tenham “documentos de viagem atualizados e facilmente acessíveis”. A representação americana afirma, ainda, que “continuará analisando a situação de segurança e fornecerá informações adicionais conforme necessário”.

Discurso oficial do presidente Donald Trump

Após o contra-ataque do Irã nas bases americanas no Iraque, o presidente Donald Trump fez um breve pronunciamento no início da tarde desta quarta-feira, 8 de janeiro. Ele afirmou que nenhum norte-americano foi morto no atentado, e que não pretendem usar a força militar contra o Irã.

Trump prometeu novas sanções. “Nós vamos continuar enviando respostas até que o Irã mude seu comportamento”, disse. “Enquanto eu for presidente dos EUA, o Irã não terá uma bomba atômica”, continuou.

Novo ataque não tem autoria reivindicada

Dois foguetes caíram na Zona Verde de Bagdá, no Iraque, que abriga prédios governamentais e missões estrangeiras, na noite desta quarta-feira, 8, 24 horas depois que o Irã lançou mísseis contra duas bases americanas no país. Até o momento, não há relatos sobre vítimas e nem detalhes sobre a origem dos disparos.

Ataque a bases dos EUA no Iraque foi só o início

O chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária do Irã afirmou nesta quinta-feira, 9, que o ataque às bases dos Estados Unidos (EUA) no Iraque, no último dia 7, foi só o início de uma série de ataques contra os Estados Unidos no Oriente Médio, informou a TV estatal iraniana. Para Amirali Hajizadeh, a “vingança apropriada” pela morte do general iraniano Qassem Soleimani será expulsar as forças americanas na região.

Fonte: https://catracalivre.com.br