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Aos 90 anos de idade, Maria do Céu Liberato fala sobre último encontro com o apresentador

aria do Céu, de 90 anos, falou, em entrevista para a Veja desta semana, sobre a morte precoce de seu filho caçula, Gugu Liberato, que sofreu um acidente doméstico em sua mansão nos Estados Unidos aos 60 anos. 

A mãe de Gugu contou como soube da morte do apresentador. “A minha filha (Aparecida) chegou em casa quando eu estava na cozinha. Ela pediu que eu fosse até a sala, achei estranho. Quando me falou que o Toninho sofreu um acidente (choro)? Fomos direto ao aeroporto, eu embarquei com a roupa que estava vestindo. A confirmação da morte foi no hospital. Não gosto de pensar nesse exato momento. Mas parecia que algo iria acontecer”.

ÚLTIMO DIA COM GUGU

“Eu passava metade da semana na casa dele; a outra parte, na minha. Como eu estava com gripe, fiquei mais de uma semana na casa do Gugu. No dia anterior à viagem, ele foi até o quarto e ficou horas e horas conversando comigo. Daí ele me contou que iria sair de casa às 6 da manhã para viajar, mesmo assim eu pedi para vir se despedir. Ele foi e me beijou muito. Na saída, já na porta, eu o chamei novamente, e ele voltou para me abraçar. Ele não tinha pressa, parecia estar adivinhando. Eu só não fui para lá porque estava gripada. Fiz algo a que não estava acostumada”.

“NUNCA VOU PERDOAR A ROSE”

Maria do Céu afirma que tem dificuldade de perdoar Rose Miriam, mãe de João Augusto, de 18 anos, e das gêmeas Marina e Sofia, de 16, filhas do apresentador. “Nunca vou perdoar a Rose por ter mentido para mim, dizendo que iria fazer um retiro religioso enquanto largou meus netos sozinhos nos Estados Unidos para vir ao Brasil armar essa briga na Justiça. Quando o Gugu estava aqui, a família almoçava inteira na casa dele aos domingos. A comida era servida às 6 da tarde, 7 da noite (chora muito). Os pratos favoritos dele eram arroz com polvo, arroz com cogumelos, nhoque com frango e caldo verde”.

PREOCUPAÇÃO DE MÃE

“Pedi para ele me ligar quando chegasse a Orlando. Deu a hora em que ele já teria desembarcado, e nada. Liguei para a minha filha e disse que o Toninho não tinha ligado. ‘Será que o avião caiu?’, perguntei. Meu filho viajou e nunca mais voltou (choro)”.

“CHORO ESCONDIDO”

“Eu choro muito, sempre escondido dos outros filhos. Tenho muitas saudades. À casa dele, fui apenas uma vez depois do acidente porque não tive mais coragem. A sensação de chegar e não o encontrar deixa um vazio ainda maior”.

REVOLTA

“Fiquei revoltada no começo, mas sou católica e tenho de acreditar que Deus vai me dar forças. Rezo muito, o tempo todo. Quando começo a chorar, falo assim: ‘Meu filho, por favor, faça com que eu não chore mais’. Lá do céu, o Toninho está olhando por mim”.

ANIVERSÁRIO ORGANIZADO POR GUGU

“Fiz aniversário em Portugal com a família toda. O sonho dele era fazer essa festa para mim. Parece que foi se despedir dos parentes de lá. Aconteceu na região de Mirandela, no distrito de Bragança, cidade onde nasceu o meu marido. O Gugu estava muito feliz. Foram meus filhos, netos, agregados. Todos os parentes de Portugal apareceram. Ao todo, recebi 110 pessoas”.

Nós nos falamos por vídeo pelo WhatsApp. O João veio passar o Natal comigo, já as meninas (Marina e Sofia) ficaram nos Estados Unidos por serem menores. A gente era uma família muito feliz (chora). 

Por Quem Acontece