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Os “analistas” que alardeavam que Rui Palmeira estava fora do jogo para 2020 não apenas erraram as previsões que, diga-se de passagem, não tinham embasamento algum.

Aliás, o prefeito trabalha para ser o primeiro a anunciar o nome que apoiará para ser seu sucessor. Não é pressa ou desespero, antes que pensem algo parecido. Nesta segunda-feira o prefeito de Salvador, ACM Neto, reuniu sua equipe de governo e seus aliados na capital, no Estado e em Brasília para confirmar o seu vice como sucessor.

O presidente nacional do Democratas, que é neto do Homem que fez a Bahia ser muito maior que os estados nordestinos, é uma águia e provável candidato à presidência da república em 2022. Mesmo muito bem avaliado, ACM Neto deu o tom do que será esse pleito nas principais capitais e grandes cidades do país.

É o que fará Rui Palmeira em Maceió. O prefeito trabalha para anunciar o nome do sucessor até o final do mês. A decisão dele já está tomada, faltando apenas uma última reunião com o presidente estadual do PSDB, Rodrigo Cunha. Também bem avaliado nas pesquisas de consumo interno, Rui precisa confirmar o sucessor para começar 2021 competitivo na campanha ao governo de Alagoas.  

Dependentes
Dos quatro nomes que lideram a corrida eleitoral para a Prefeitura de Maceió apenas Alfredo Gaspar de Mendonça, que está em férias, confirmou para 5 de março o fim do mistério sobre sua candidatura. Aguarde novidades sobre esse anúncio.

Davi Davino é o candidato de Marcelo Victor e uma banda da Assembleia Legislativa. Soma-se à tropa, o deputado federal Arthur Lira, que tem interesse em permanecer com espaço na capital.

JHC segue isolado de grupos e depende da parceria com Rodrigo Cunha para manter a competitividade. Com dificuldade de alianças, apenas Marx Beltrão parece mais possível de aceitar uma aliança, indicando o vice na chapa.

Por fora corre Ronaldo Lessa. Competitivo, independente das alianças, tem conversado com Rui. Se a decisão do prefeito for por Ronaldo, eles viram o jogo e ganham o status de favorito.

Tendência
Rui Palmeira trabalha para se antecipar porque não pode errar na escolha, não pode perder tempo e não deve apostar num nome que se transforme no ganhar-perdendo. Rui seguirá os passos de ACM Neto porque tem capital político e a gestão seguirá numa crescente até o final.

Já Renan Filho deixou claro sua opção por Alfredo Gaspar de Mendonça. Como o histórico do MDB na capital é negativo desde 1988, corre por fora. No caso dele, também com a gestão bem avaliada pelos maceioenses, a disputa ao senado não pode ser atropelada pela eleição da capital. Por isso, o foco se expandirá para Arapiraca, Rio largo, União dos Palmares, Palmeira dos Índios, Santana do Ipanema, Delmiro Gouveia, Marechal Deodoro e São Miguel (os principais colégios eleitorais do Estado).

Depois do anúncio de Rui quem perder o “time” começará a corrida eleitoral em desvantagem.

Ps.: Renan Calheiros é pós-doutor, há anos, em antecipação de eleição.