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Um time sul-americano jamais havia virado um placar após sair em vantagem na semifinal do Mundial de Clubes. Mas este time do Flamengo não costuma dar atenção a este tipo de escrita. Com muito menos drama, mas igual à decisão da Libertadores, a equipe brasileira reverteu no segundo tempo uma desvantagem para vencer.

O placar por 3 a 1 sobre o Al-Hilal (ARS), nesta terça (17), em Doha, levou o Flamengo à final do Mundial, onde o time terá a chance de conquistar o título pela segunda vez. O adversário sairá do confronto entre Liverpool (ING) e Monterrey (MEX), que se enfrentam no mesmo Khalifa International Stadium nesta quarta (18).

Se os ingleses vencerem, será a reedição da partida de 1981, vencida pelos flamenguistas por 3 a 0.

Para ganhar, a equipe do português Jorge Jesus precisou de apenas 45 minutos. Na primeira etapa, foi dominada na maior parte do tempo pelos árabes, que marcaram uma vez, mas poderiam ter anotado mais.

Qualquer semelhança com a atuação do River Plate (ARG) diante do Flamengo em Lima, na decisão da Libertadores, é mera coincidência.

O Al-Hilal, que encontrou espaço para explorar o setor esquerdo da defesa rival teve três boas oportunidades e fez um, aos 18 minutos, quando Aldawasari aproveitou cruzamento rasteiro. 

O italiano Giovinco flutuava por entre o meio-campo e a defesa flamenguista e só não foi mais perigoso porque errou o momento do último passe. Com ele no jogo, o brasileiro Carlos Eduardo recuou para atuar como volante.

Na única vez que o Al-Hilal falhou na defesa e o goleiro Almuaiouf socou a bola para Gerson, o volante cabeceou para fora.

A torcida do Flamengo, maioria esmagadora dos 21.588 anunciados como presentes no estádio, com capacidade para 50 mil pessoas sentiu a falta de criatividade da equipe em alguns momentos. Acordou no intervalo, como que se aquecendo com o que aconteceria na etapa final.

Porque se a maioria esperava um domínio sul-americano na partida, este veio no segundo tempo. Até o intervalo, havia o temor de a história se repetir. Internacional (2010), Atlético-MG (2013), Atlético Nacional-COL (2016) e River Plate-ARG (2018) saíram atrás no placar na semifinal e acabaram afastados da disputa de um título que, para eles, era o maior de todos.

Com maior pressão na posse de bola e melhor capricho no toque de bola, os comandados de Jorge Jesus tomaram conta da partida. Empataram com Arrascaeta e, ao marcarem o segundo com Bruno Henrique, aos 32, a partida virtualmente terminou. Al-Albulahhi ainda fez contra e o peruano Carrillo foi expulso.

“Liverpool, pode esperar, a sua hora vai chegar”, cantou a torcida do Flamengo, esquecendo a tensão do primeiro tempo.

 

FolhaPress