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O avanço da Lagoa Mundaú tem preocupado os moradores dos bairros do Mutange e do Bom Parto, em Maceió. As duas localidades vêm sendo afetadas por rachaduras que surgiram no início de 2017. Os proprietários que possuem imóveis dentro da área de realocação estabelecida pela Braskem no início de dezembro cobram providências.

Centenas de propriedades estão na área de resguardo, que foi delimitada por técnicos e deve ser esvaziada imediatamente para que seja feito o fechamento definitivo de 15 poços de extração de sal-gema, mineração apontada como a causa do problema. A área compreende imóveis nos bairros do Mutange, Bebedouro e Pinheiro, em Maceió.

Veja o que se sabe até agora sobre as rachaduras
Vários cômodos do prédio em que funcionava a Clínica Psiquiátrica José Lopes estão tomados por água. O proprietário aguarda uma visita da Braskem para negociar o pagamento da indenização.
“Estamos de mãos atadas porque o nosso único comprador é a Braskem e não existe nada de concreto ainda. Estamos sem saber o que vai acontecer”, disse José Lopes, proprietário da clínica.
No local onde funcionava uma clínica de nutrição, é possível ver a dimensão do problema. Em um dos banheiros, o vazo sanitário está quase todo coberto por água da lagoa.

Mas nem todos os proprietários dos bairros poderão negociar as indenizações diretamente com a Braskem. Os donos de imóveis que estão fora da área delimitada pedem que também possam participar do Programa de Compensação Financeira da empresa.
Apenas um lado da rua em que Suelene da Paz mora está na área que deve ser evacuada. Ela questiona a divisão e diz se sentir insegura.

Mas nem todos os proprietários dos bairros poderão negociar as indenizações diretamente com a Braskem. Os donos de imóveis que estão fora da área delimitada pedem que também possam participar do Programa de Compensação Financeira da empresa.
Apenas um lado da rua em que Suelene da Paz mora está na área que deve ser evacuada. Ela questiona a divisão e diz se sentir insegura.

“Se meu vizinho de frente corre risco de vida, que é de frente com a minha casa, porque a minha não corre risco também?”, questiona Suelene.

Audinete da Silva conta que seu imóvel será indenizado, mas a residência de sua filha que mora próximo a ela, não.
“Uma equipe da Braskem já esteve na minha casa, mas a casa da minha filha, que é poucos metros depois da minha casa, não será indenizada. É revoltante essa situação”, afirma Audinete.

Nesta manhã, A Prefeitura de Maceió divulgou as datas de realocação dos moradores da área de risco do Mutange devido às rachaduras. Quem não entrou no plano de compensação da Braskem, mas está na área de risco, também será realocado, só que pela Prefeitura.

Em março deste ano, a Prefeitura de Maceió decretou estado de calamidade pública no Pinheiro, Mutange e Bebedouro. Meses depois, o bairro do Bom Parto também teve decretado estado de calamidade

 

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