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O Ministério Público Estadual ingressou no Tribunal de Justiça de Alagoas com uma denúncia contra o promotor Coaracy Fonseca, ex-procurador-geral de Justiça, pelo crime de prevaricação. A denúncia se baseia em Inquérito Administrativo entregue pela Defensoria Pública ao MP, no qual o promotor é acusado de utilizar o cargo para promover retaliações ao Defensor-Geral, Ricardo Melro, e a própria Defensoria, devido a circunstâncias ocorridas na vida privada.
Na ação protocolada pelo procurador em exercício, Marcio Roberto Tenório e pelo subprocurador-geral, Sérgio Jucá, são solicitados o recebimento da denúncia pelo TJ, a produção de provas (especialmente a oitiva de quatro testemunhas arroladas no processo), realização de interrogatório e condenação do denunciado, com base no artigo 319 do Código Penal.
Diz o artigo: “Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento pessoal: Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa”.
No documento datado do dia 11 deste mês, entregue ao presidente do Poder Judiciário, desembargador Tutmés Airan, o MP afirma, entre outros pontos, que “ao reabrir procedimentos arquivados, utilizando-se da qualidade de promotor, movido pelo sentimento de represália e interesse em causar dano à imagem do representante (Defensor Geral) e da Defensoria, o denunciado praticou crime de prevaricação”.
Reforça ainda a existência de indícios de que Coaracy Fonseca “movimentou a máquina estatal em clara ação de represália à Defensoria”: “Verifica-se a clara correlação entre ocorrências de ordem pessoal e o agir do denunciado na qualidade de promotor de Justiça, no exercício do cargo e em razão das funções desempenhadas… Resta patente o liame entre fatos ocorridos na vida privada do denunciado e condutas de ordem profissional, ainda que ‘mascaradas’ sobre argumentos legais”, destacam outros pontos da ação.
O caso
Coaracy está afastado de suas funções por decisão do Colégio de Procuradores do MP, onde o promotor responde a outros procedimentos administrativos.
A reportagem entrou em contato com o ex-procurador-geral de Justiça e aguarda retorno.
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