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Alvo da Operação Navalha disse ter sido torturado para fazer declarações 

O delegado Fábio Costa falou, em entrevista coletiva nesta terça-feira (12), sobre mais uma acusação de tortura supostamente praticada por ele e mais dois delegados da Deic, contra um acusado de integrar uma organização criminosa (orcrim) que extorquia comerciantes na região do Mercado da Produção. Sobre o assunto, Fábio Costa afirmou que trata-se de “mais uma denúncia ridícula e fantasiosa”, ressaltando que todo o processo de oitiva do suspeito foi registrado em vídeo e remetido à Justiça. 

“Virou moda no Brasil fazer essas acusações mentirosas, e aqui não tem sido diferente. Os criminosos passam a acusar seus investigadores. Mais uma vez, trata-se de uma denúncia ridícula e fantasiosa. Existem vários órgãos para investigar esse tipo de denúncia, como o Ministério Público, a Corregedoria da Polícia Civil e Ministério da Segurança. Fizemos uma investigação imparcial e sem qualquer tipo de direcionamento, por isso estamos tranquilos. Dessa vez, talvez o suspeito não soubesse que todo o interrogatório dele foi registrado do começo ao fim”, disse Fábio Costa. 

A denúncia que veio à tona nesta terça-feira foi feita por meio das redes sociais, por Juarez José da Silva, um acusado que está foragido e foi alvo da Operação Navalha – que desarticulou um grupo especializado em extorquir comerciantes, do qual faziam parte um policial militar e alguns policiais civis. 

Segundo Fábio Costa, a participação de mais integrantes das forças de segurança pública na organização criminosa (orcrim) não está descartada, assim como a deflagração de uma nova fase da operação. 

“As investigações continuam e é possível que outros policiais tenham envolvimento com esse grupo. Diversas denúncias têm chegado até nós. É possível que a terceira fase da Operação Navalha seja realizada”, destacou. 

O delegado Thiago Prado, que também compõe a equipe da Deic, classificou a denúncia de tortura como “descabida”, reforçando que o depoimento do acusado foi gravado do começo ao fim. “Esse denunciante, inclusive, está foragido. É uma denúncia descabida e sem crédito algum. Do mesmo jeito que ele apareceu nas redes sociais para fazer a denúncia, peço que ele apareça para ser preso, pois existe um mandado de prisão em aberto contra ele”, pontuou. 

Além dos casos de extorsão contra comerciantes da região do Mercado da Produção, em Maceió, o grupo criminoso também fez outras vítimas, de acordo com as investigações. Um dos casos aconteceu em um condomínio residencial da parte alta da cidade, onde o bando, fazendo uso do aparato policial, extorquiu um morador, levando joias e dinheiro, em troca da não realização de uma operação que teria a vítima como alvo – operação esta que seria falsa, já que não existiria nenhum ato ilícito praticado pela pessoa. 

 

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