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Por Paulo Alencar  – Fotos Valmir Francelino

Igreja do Senhor do Bonfim, foi a primeira igreja construída no município de Marechal Deodoro. Mesmo sem a data precisa da sua construção, atribui-se o fato de o patrimônio ter sido estabelecido por Diogo Soares da Cunha, no ano de 1611. Sua fachada tem influência das igrejas franciscanas de outras cidades da região Nordeste.

Esta igreja, junto a todo conjunto arquitetônico e urbanístico de Marechal Deodoro, no Estado Alagoas, foi tombada pelo Iphan, em 2009. A área definida para proteção envolve três locais descontinuados – o Centro, a área do Complexo do Carmo e a área de Taperaguá – todos com elementos de interesse, devido à sua importância histórica e relevância paisagística.

O tombamento é um ato administrativo realizado pelo Poder Público com o objetivo de preservar, por intermédio da aplicação de legislação específica, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico, ambiental e também de valor afetivo para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.

Entretanto este monumento vem sofrendo com o desgaste do tempo e corre o risco de sofrer danos que podem vir a ser irreparáveis. Segundo o Pe. Edvan, responsável pela paróquia, o problema já vem sendo detectado há algum tempo e ele está contato com a Secretaria de Cultura municipal e o IPHAN.

O Secretário de Cultura e Preservação do Patrimônio Histórico, Diego Lima, informou a esta redação que os projetos de restauração das demais igrejas (cinco ao todo) estão prontos e em fase de captação de recursos para o início das obras. Entretanto para a Igreja N. Sr. do Bonfim ainda não existia projeto pronto, apesar dos problemas já terem sido pontuados.

Mesmo com esta dificuldade, já foi definido a elaboração do projeto que se encontra em fase de execução. Antes de qualquer outra providência, está sendo estudado a execução da estabilização do forro, o que aparentemente requer um cuidado mais urgente. Junto aos problemas do forro e do altar-mor, que são mais sérios, estão sendo discutidos outros aspectos tais como a estrutura do coro, também comprometida, e a escada de acesso que tem um dimensionamento insuficiente, a necessidade de banheiro, entre outros aspectos. Diego está confiante que os problemas de recursos e conclusão de projeto sejam superados em breve espaço de tempo para que o início das obras possa se dar ainda este ano.

Aparentemente a situação requer uma certa urgência para que não venham ocorrer danos mais sérios com prejuízos graves ao patrimônio, como já ocorreram em outros monumentos de Marechal Deodoro.