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Ele já foi vereador, prefeito, deputado estadual, federal e secretário de Estado. Foi e, pelo visto, já foi.

Mas… talvez acreditando na profecia que prega: quem foi rei nunca perde a majestade, João Caldas da Silva é um dinossauro que não aceita estar fora do jogo.

Não há como duvidar de sua capacidade de articulação. Dessas figuras do baixo clero, que circulam em Brasília, nenhum tem mais “poder” e  acesso que João Caldas. Ele só não tem mais capital político, mas sua ousadia o mantém respirando política 24 horas, de domingo a domingo, inclusive nos feriados.

João Caldas é um daqueles inimigos que é bom tê-lo por longe. Como aliado é hilário, mas como adversário é ferrenho, principalmente quando age nos bastidores.

Em sua trajetória política – com e sem mandato – João Caldas chegou longe demais. Errou quando perdeu o foco da vitória, mas conseguiu emplacar JHC no cenário e o herdeiro está aí, como deputado federal mais votado na história de Alagoas e dando trabalho aos caciques.

Mesmo isolado, politicamente falando, JHC é – pelo menos até a virada do ano – favorito à sucessão de Rui Palmeira. E João Caldas, o que quer, com a briga pelo comando do PSC de Alagoas? Sem mandato, sem perspectiva de ter de volta, sem grupo, sem articulação com os grupos dominantes, porque expor ainda mais a difícil relação familiar com a política?

A dúvida é simples: João Caldas já ganhou e perdeu vários partidos. Por isso tem o apelido de cigano partidário. Mas agora, com JHC comandando o PSB no Estado… que queres tu, João Caldas?

A resposta é simples: aparecer. Só que não precisa, muito menos atrapalhando o caminho do herdeiro JHC.

Toquei no assunto não pela “desimportância” de João Caldas no cenário, mas pelo erro de expor, ainda mais, JHC aos leões, em 2020.

Só para lembrar
Em 2012, por exemplo, João Caldas pegou o PEN e tirou Cícero Almeida do guia eleitoral de Ronaldo Lessa. À época ele dizia: “eu dei a eleição ao Rui”. 

Também vale lembrar que o PSC alagoano sempre teve o “dedo” de Renan. Foi ele que autorizou a entrada de João Caldas, para insinuar que seria seu suplente na eleição de 2018. Era blefe  – com Renan você sabe… tem que ser mais que ninja