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Ação foi planejada ‘durante muito tempo e de maneira pensada’ e armas usadas revelam que bandidos não começaram ‘recentemente no mundo do crime

Após investigações, a polícia informou que os 718 quilos de ouro no valor de R$ 110 milhões, que foram roubados no terminal de cargas do aeroporto de Guarulhos do dia 25 de julho, seriam repartidos entre os participantes do crime após terem sido colocados em uma ambulância. A prisão preventiva dos seis acusados foi decretada e o ouro ainda não foi recuperado. Ainda não há informações sobre o destino do veículo. 

De acordo com a decisão judicial que pediu a prisão dos acusados, eles combinaram que após repartir a quantia de ouro roubada, tomariam rumo ignorado e poderiam inclusive sair do país para fugir da polícia.

“Na posse de tal numerário, conseguiriam rapidamente tomar rumo ignorado, impedindo a aplicação da lei penal. Aliás, não parece exagero imaginar que poderiam inclusive sair do país. De fato, tendo em vista toda a engenharia montada para colocar, em tese, em prática a ação criminosa, facilmente os investigados conseguiriam se afastar do distrito da culpa”, diz juiz Gilberto Azevedo de Moraes, de Guarulhos, em sua decisão.

Segundo o inquérito, após a carga ter sido colocada na caçamba de uma caminhonete fraudada da Polícia Federal, os acusados se dirigiram até um imóvel situado na Zona Leste de São Paulo. Lá, a carga roubada foi transferida para outros dois veículos, com os quais os criminosos se dirigiram a um segundo imóvel na mesma região. Neste local, o ouro foi colocado dentro da ambulância.

De acordo com a polícia, a utilização de veículos simulando viaturas policiais revelam que “a ação foi planejada durante muito tempo e iniciada de maneira pensada, havendo divisão de tarefas entre os diversos indivíduos”.

O uso de armas de grosso calibre, segundo a polícia, é indicativo de que “não se está diante de quem começou recentemente no mundo do crime”.

Prisão

Célio Dias, um dos quatro presos suspeitos de participação no roubo, foi transferido nesta terça-feira (6) para um Centro de Detenção Provisória. Ele trabalhava no estacionamento onde os cinco carros usados pela quadrilha ficaram guardados. Célio é um dos seis indiciados pela Polícia Civil pelos crimes de roubo e associação criminosa.

Os outros indiciados são: Peterson Patrício – o supervisor do terminal de cargas do aeroporto. Ele teria passado informações privilegiada aos ladrões. No início, Peterson disse que foi feito refém junto com a família, mas ele confessou sua participação no crime.

Outro preso indiciado é Peterson Brasil, amigo de Peterson Patricio. Ele teria ligação com os assaltantes e teria convencido o amigo a dar informações privilegiadas aos bandidos.

Segundo os investigadores, um homem identificado como Capim participou diretamente do assalto. Ele e mais outros dois suspeitos que ainda são procurados pela polícia também vão responder pelo roubo.

Nos próximos quinze dias, o Ministério Público pode oferecer denúncia, pedir mais diligências ou o arquivamento do caso.

A empresa Brinks começou a usar escolta armada para acompanhar o embarque e o desembarque de cargas no aeroporto.

 

 

 G1