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Em depoimento à Delegacia de Homicídios (DH) da Capital, umpescador revelou que um aliado do PM reformado Ronnie Lessa , acusado de ser o assassino deMarielle Franco , contratou o seu barco e jogou seis fuzis no mar perto das Ilhas Tijucas. A polícia suspeita que, entre as armas estivesse a submetralhadora HK MP5 usada para matar a vereadora e o motorista Anderson Gomes, em 14 de março de 2018.

A operação de desova do armamento ocorreu dias depois da prisão de Ronnie, em 12 de março deste ano , e teria contado com a participação de quatro pessoas: Márcio Montavano, o Márcio Gordo, suspeito de ter jogado as armas ao mar; a mulher de Lessa, Eliane de Figueiredo Lessa; o irmão dela, Bruno Figueiredo; e um homem chamado Josinaldo Freitas. Segundo as investigações, Márcio Gordo teria retirado as armas de dois endereços ligados ao acusado de matar Marielle, contratado o barco e jogado tudo no mar. Desde o fim de março, a polícia já realizava buscas no oceano com ajuda da Marinha .

A mulher de Lessa e o irmão dela prestaram depoimento à polícia nesta segunda-feira. Márcio Gordo e Josinaldo estão depondo nesta terça-feira na sede da DH, na Barra da Tijuca. A DH e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) são responsáveis pela investigação sobre o assassinato de Marielle e Anderson.

O pescador contou à Polícia que foi procurado por um homem, que chegou de táxi ao Quebra-Mar, dizendo que queria contratar uma embarcação para fazer pesca submarina perto das Ilhas Tijucas. O barco utilizado é de fibra de vidro, com cinco metros de extensão e motor de 40 HP.

O pescador disse que o homem aparentava ter entre 30 e 35 anos, era forte e tinha os braços cobertos por tatuagens. Ele carregava uma caixa de papelão pesada e uma mala grande, onde o barqueiro acreditava que estavam guardados arpões e material de pesca. Ao chegar “no meio das Ilhas Tijucas”, o homem retirou de uma mala os fuzis, um deles com bandoleira; e de uma caixa de papelão outras caixas menores, nas cores amarela e azul, e jogou tudo no mar. 
A polícia avalia que, embora o pescador tenha descrito que viu seis fuzis, a submetralhadora poderia estar na carga jogada ao mar, já que as diferenças entre os dois armamentos não são tão claras para um leigo.

 

 

O Globo