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Vamos fazer uma análise fria e isenta de paixões. Será que um novo governo, nova mentalidade de governar poderia mudar o país? Tenho minhas dúvidas. Pelo menos a curto prazo. E o que seria um curto prazo para que uma mudança começasse a ser sentida? Três meses? Seis? Um ano?

Pode ser horrível ter que admitir, mas na verdade não estou muito certo que poderei alcançá-la. Meus filhos, talvez, poderão percebê-la. O que posso afirmar é que a questão brasileira vai muito além da política. É cultural. E cultura não muda com uma simples troca de governo.

Nós fomos criados num estado paternalista, que oferece suas tetas aos privilegiados, deixando os que não as alcançam de olho grande, simplesmente a desejá-las. Bradamos por uma economia de mercado livre, mas queremos uma previdência pública; queremos menos impostos, mas uma saúde gratuita e eficiente; lutamos por empregos com bons salários, com 13º, férias, FGTS, ou seja, queremos TODAS AS BENESSES, mas não nos propomos a dar o  mínimo de nosso esforço, nossa parcela de contribuição. E esse é o problema do Brasil, ou dos brasileiros.

Tudo na vida tem duas vias – a de receber e a de se dar.

O brasileiro vem sendo educado para não assumir a responsabilidade. Parece que essa prática está no DNA nacional. Reclamamos, brigamos, acusamos o governo, mas o que fazemos para mudar esse quadro de corrupção que assola nosso mundo “tupiniquim”? Sequer temos a iniciativa, ou coragem, de denunciar o que vemos de errado. Parece mais fácil tentar participar do erro para também se locupletar.

Quando será que aprenderemos que NÃO EXISTE NADA GRÁTIS. O que recebemos do governo não é de graça. Todas as “dádivas” já foram pagas, e muito bem pagas com a avalanche de taxas, impostos e tudo, absolutamente TUDO que nos cabe. O pior é que essas “dádivas” nos custaram bem mais do que os serviços similares oferecidos pela iniciativa privada.

Um novo governo, seja ele no nível que for quer seja federal, estadual ou municipal, com uma nova mentalidade de governar, com austeridade e visando, pelo menos no discurso de palanque, combater a corrupção, tentará mudar o país, mas terá que, para tal, mudar antes a mentalidade do brasileiro. Fácil? Não adianta sonharmos.

Será que estamos no rumo certo ou um mundo perfeito é utopia.