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Reportagem divulgada pela Folha de São Paulo nesta segunda-feira (19) mostra que diversas barragens do país estão em situação vulnerável e podem representar risco de rompimento. Na lista, baseada em dados de 2017 da Agência Nacional de Águas (ANA), estão seis localizadas em Alagoas, que figura como o segundo estado onde mais se identificou esse tipo de problema. O primeiro com mais barragens em situação vulnerável é a Bahia, com 10 casos registrados. 

Conforme o levantamento, os maiores problemas identificados no estado foram nas barragens Bosque 4, Gulandim, Piauí, Prado, São Francisco e Canoas, que estariam todas em situação de vulnerabilidade. No ano passado, mais uma barragem de Alagoas chegou a entrar na lista, com um total de 7. 

Entre os problemas encontrados em todo o país – em especial nas barragens do Nordeste – estão rachaduras, infiltrações, buracos, vertedores quebrados (que medem a vazão da água) e falta de documentação que comprove a segurança do local. 

Em todo o Nordeste, apenas três estados não apresentaram problemas em barragens: Piauí, Maranhão e Paraíba. Nos demais, foram identificados, além dos 10 casos na Bahia e dos 6 em Alagoas, 5 no Rio Grande do Norte e um no Ceará, Pernambuco e Sergipe. Em todo o país, os problemas acometem 45 barragens em diversos estados. 

Estado em alerta

O engenheiro da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh) e responsável pelas fiscalizações das barragens em Alagoas, Maurício Malta, destaca que as seis usinas em representam risco são geridas por usinas, sendo cinco da Seresta e uma da Santa Clotilde. O problema, em todas elas, está no equipamento chamado vertedouro [que é por onde a água é expulsa no caso de uma chuva muito forte, por exemplo].

Conforme Maurício, a situação de vulnerabilidade existe, mas a secretaria está em contato com os responsáveis pelas barragens para que a questão seja resolvida o mais breve possível, antes da chegada do próximo inverno. 

Em contato com a Usina Seresta, ele foi informado que já estão sendo providenciadas as trocas dos vertedouros para as cinco barragens. Já na Santa Clotilde, eles adotaram um sistema provisório que baixou o nível da água, minimizando os riscos de rompimento, mas a situação ainda inspira cuidados e o conserto se faz necessário. 

“Risco iminente não tem, mas é preciso ficar em alerta e consertar os vertedouros o quanto antes”, pontua o engenheiro, destacando que no mês de janeiro uma nova fiscalização para verificar se a troca dos equipamentos já foi feita será realizada pela secretaria. 

 
 
Por Jamylle Bezerra com Folha de S. Paulo