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O propagado e eficaz ajuste fiscal de Alagoas não é, definitivamente, uma bolha. O melhor argumento está nos vizinhos da esquerda (Sergipe) e da direita (Pernambuco), que sofreram com a crise econômica nacional, atrasando e parcelando até os salários dos servidores públicos.

O governador Renan Filho pode dizer o que quiser sobre realizações na educação, saúde, segurança e os quilômetros de asfalto nas rodovias estaduais, mas seu governo só está de pé porque cortou gorduras acumuladas nas administrações anteriores, que mantinham o Estado doente e incapaz de caminhar com as próprias pernas, financeiramente falando.

Enquanto boa parte dos estados, a exemplo do Rio de JaneiroRio Grande do SulMinas Gerais e Espírito Santo tomavam conta do noticiário nacional, com congelamento de salários, salários atrasados, ausência de investimentos e greve em diversos setores, Alagoas pegou a via da contramão da crise e fez exatamente o contrário: realizou concursos públicos, concedeu reajuste aos servidores e deu início a uma série de realizações, diariamente mostradas em todos os meios de informação.

As reivindicações pelos direitos garantidos na Constituição Federal são legais, mas é preciso que o diálogo e o bom senso prevaleçam, não apenas em nome da governabilidade política, mas pelo momento.

A crise na estrutura da segurança pública, que engloba a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e os peritos deixa claro que o governo de Renan Filho tem falhas, natural e confirmado nas pesquisas qualitativas. Mas se tivesse nota máxima seria um fenômeno.

No governo de Renan Filho tem sobra de tudo, inclusive mais de R$ 1 bilhão em caixa para investimentos no Estado. Os manifestantes estão baseados nos números propagados pelo governador.

Nos meses finais do mandato de 4 anos, Renan Filho está sofrendo só 10% do que Teotonio Vilela Filho suportou por mais de 100 dias, mas a partir do primeiro dia em que sentou na cadeira deixada por Ronaldo Lessa. As situações são diferentes, mas servem para mostrar que o servidor público pensa tão somente no seu lado (é assim que funciona no Brasil). 

Renan Filho, responsável direto pelo bom momento de Alagoas, está vendo, agora, que fazer e investir são obrigações do gestor. Se não fosse assim os números que tem à disposição seriam suficientes para acalmar a tropa e tirar o ajuste fiscal da mira dos militares.