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Pastores de Cuba dizem que não raro encontram pessoas que adoram o ditador comunista
Um cristão cubano foi condenado a três anos e meio de prisão no final do ano passado. As autoridades invadiram sua casa e confiscaram todas as Bíblias e cruzes que encontraram.

Misael Diaz Paseiro, membro da Frente de Resistência Cívica, foi preso em novembro e acusado de “periculosidade social pré-crime” pelo governo comunista de Cuba, relata a Missão Christian Solidarity Worldwide, que apoia a igreja perseguida.

A prisão de Paseiro ocorreu numa ação da “polícia política” da ilha. O cristão, que milita contra o sistema ditatorial em seu país, conta que, ao efetuarem a prisão, os guardas afirmaram: “Olhe para nós, somos revolucionários e não cremos no seu Deus. O nosso deus é Fidel Castro”.

Desde o dia que foi detido, Paseiro teve negado todos os direitos. Após saber dos maus tratos que ele sofria, sua esposa Ariana López Roque fez greve de fome por 19 dias. Policiais ficaram de guarda em frente à casa deles e impediram as visitas do pastor Bárbaro Guevara, que tentou contatar Ariana duas vezes, sem sucesso.

Somente quando ela recebeu garantias que os direitos do marido seriam respeitados na prisão, ela encerrou a greve de fome.

Comentando a declaração dos guardas que prenderam Paseiro, o pastor cubano Mario Barroso declarou ao The Christian Post que é relativamente normal pessoas que vivem em Cuba tratar o nome de Castro como o de um deus.

Barroso foi preso muitas vezes pelo governo cubano até conseguir fugir para os Estados Unidos como refugiado político em 2016. Ele explica que tratar Fidel Castro como uma divindade é a “estratégia de algumas pessoas em Cuba para encobrir crimes e corrupção”.

“Isso prova que os seguidores de [Castro como Deus] não são realmente dedicados ao próprio Fidel, mas veem benefícios em invocar seu nome para proteger seus atos”, explica o pastor Barroso. “Bem no fundo eles estão imitando Fidel com esse comportamento, pois o ditador também era assim: oportunista e chantagista. Logo, os crentes em Fidel Castro agem segundo a imagem e semelhança de seu deus: Fidel. Eles são seguidores fiéis do exemplo maligno dado por seu deus”.

Ainda segundo Barroso, “Uns 5% daqueles que afirmam ter Fidel Castro como deus realmente o adoram. Os outros 95% são apenas oportunistas que imitam o mau exemplo de Fidel”.

O novo relatório da Christian Solidariety sobre Cuba, lançado neste mês, indica que ocorreram 325 violações da liberdade religiosa na Ilha dos irmãos Castro em 2017.

A missão disse estar “profundamente preocupada com o crescimento do número e da gravidade das violações [de liberdade religiosa] relatadas por muitas denominações e grupos religiosos diferentes. Isso parece mostrar que o governo está tentando tonar mais rigoroso o seu controle sobre as atividades de grupos religiosos”. Isso inclui as detenções arbitrárias, o assédio aos líderes da igreja e ataques a direitos de propriedade. A estratégia mais recente é ameaçar ativistas e líderes religiosos com acusações criminais falsas, impedindo arbitrariamente que eles saiam do país.

 
 
fonte The Christian Post