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Nosso país está trilhando por grande atascadeiro que nos faz acreditar que estamos próximos a nos afundar em um grande brejo de onde a saída é quase inconcebível

Essa trilha em que nos colocaram não nos foi ofertada subitamente. Ela vem sendo anunciada e servida em pequenas doses e seus atores nos conduzindo à desgraça lenta e gradualmente.

São pitadas de ilícitos, muita corrupção, muita demagogia e desfaçatez alimentados por uma dose cavalar de impunidade.

Junto aos atos espúrios que sentimos no dia a dia, parece que aplicaram doses de um ópio que faz com que este povo, pacato e ordeiro, assuma uma atitude inerte, se sentindo vencido, e apenas observe a sua própria sorte com desdém como se nada fosse possível fazer.

Nossos representantes e gestores vivem se locupletando com salários faraônicos e sem gastos com os imóveis bilionários em que vivem, planos de saúde amplos, carros oficiais e particulares sempre renovados, além das curtições em viagens nababescas, oficiais e oficiosas, algumas acompanhadas por comitivas imensas em jatos governamentais ou, nas mais simplórias, em jatinhos e helicópteros, hospedagens em hotéis luxuosos acompanhados de laudos jantares regados aos mais caros e extravagantes drinks.

Tudo isso, e muito mais, encoberto pelo negro véu dos votos secretos, das verbas parlamentares, dos adicionais aos já exorbitantes salários, como ajuda para roupas de representação, médicos especiais, combustíveis, passagens aéreas, uma leva de assessores e uma infindável troca de favores.

Acrescidas a essas benesses oficiais, os nossos representantes e gestores contam com as descaradas “gratificações” ou “afagos” pelas obras superfaturadas inacabáveis e alimentadas por aditivos, indicações de cargos de onde se alimentam dos generosos agradecimentos de seus indicados e toda sorte de fontes de recursos escusos que a nossa imaginação é incapaz de alcançar.

Esses são os gestores de recursos do povo, auferidos pela infindável carga tributária e os representantes de seus próprios interesses e nada dos nossos.

São os mesmos que deixam de se preocupar com as necessidades do povo tão logo são eleitos, pois eleitos, passam a fazer parte de uma estirpe intocável que sequer se sente na obrigação de prestar contas dos recursos que não são deles.

Quem seria a grande esperança para a população diante desse lamaçal, o poder judiciário, parece estar sucumbindo ante os atrativos da corrupção.

Daí fica a pergunta: tudo está perdido?

Não acredito!

Para que consigamos sair desse brejo, repleto de areias movediças, basta que acordemos desse torpor e passemos a tomar atitudes. A saída está nas nossas mãos e é suficiente deixarmos de ser tão ignóbeis ao querer apenas tirar proveito de tudo, principalmente por serem esses proveitos efêmeros e inconsistentes. Sejamos mais sábios.