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Democracia é o regime político em que a soberania é exercida pelo povo.

Uma bela definição e, como em tantas outras, a prática diverge bastante da teoria. Mas se observarmos melhor a palavra democracia tem origem no grego demokratía que é composta por demos (que significa povo) e kratos (que significa poder) o que confere exatamente com a definição acima.

Mas será que no Brasil ela existe mesmo?

A teoria diz que todas as importantes decisões políticas estão com o povo, por elegerem seus representantes por meio do voto. A realidade, em regra geral, difere bastante deste enunciado, pois os eleitos normalmente não representam e defendem os anseios de seus eleitores, o que pode explicar a tese da inexistência de uma democracia brasileira. 

Eleições por si não definem uma democracia. Também há eleições em ditaduras – como no Egito, em que o ditador ficou décadas sendo reeleito ou em regimes totalitários como a Coréia do Norte.

No nosso caso me parece que as eleições apenas servem para mascarar um pseudo poder do povo, pois a ignorância política é predominante numa população que sequer sabe escolher seus representantes e são induzidos a uma escolha em troca de migalhas.

O que acho pior, até abominável, é quando ouço – “política não me interessa” ou “não suporto política”. Essas pessoas não percebem que as decisões políticas doem na pele e no bolso quando não correspondem às suas expectativas. Mas o que vemos são essas mesmas pessoas bradarem histericamente a reclamar dessas decisões. Não nos parece incoerência?

Democracia e política devem viver num casamento perfeito e devem andar de braços dados.

Não considero o modelo brasileiro democrático, mas tenho ouvido sobre uma tendência de países desenvolvidos em adotar a forma poliárquica, ou seja, um “governo de muitos”, que consegue absorver melhor as diferenças dentro da sociedade e refletir melhor a vontade da população.

Na poliarquia seriam observadas as liberdades para formar e aderir às organizações, às liberdades para se expressar, ao direito ao voto para eleger ocupantes de cargos públicos em eleições livres, frequentes e idôneas, além da garantia de acesso, por todos, às fontes alternativas de informação. Em consequência teríamos a universalidade dos cidadãos elegíveis participarem igualmente, diretamente ou através de representantes eleitos, usufruírem de o direito de lideranças políticas disputarem apoio e, consequentemente, conquistarem votos. Teríamos também a existência de instituições para fazer com que as políticas governamentais dependam de eleições ou de outras manifestações, preferencialmente do eleitorado, nas propostas, nos desenvolvimentos e na criação das leis.

Utopia? Talvez, mas aí poderíamos dizer que só assim viveremos numa total e plena democracia exercendo o poder da governabilidade através do direito de voto, a todos os indivíduos considerados intelectualmente maduros.