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Estamos rumando para o fundo do poço? Ou será que já chegamos lá?

O certo é que depois das últimas medidas de uma parcela do judiciário ainda considerado probo, a podridão que se supunha existir começa a vir à tona, com uma roupagem de comprovações contundentes. A tão propalada “Operação Lava Jato”, comandada por um juiz que vem se tornando ícone da seriedade e comprometimento com a verdade, ainda não conseguiu alcançar, condenando os culpados, sequer uma ínfima parcela dos envolvidos em corrupção.

Uma coisa fica evidente na atual conjuntura – nosso país realmente está mergulhado em um mar de lamas.

Difícil sair dessa situação? Sim. Considero difícil, quase impossível haja vista a amplitude da criminalidade dos chamados bandidos de colarinhos brancos. Difícil em se considerando que a cultura do “tirar proveito”, também conhecida como “Lei de Gerson”, está arraigada na maioria dos brasileiros, em sua quase totalidade.

Recentemente circulou nas redes, a título de um pronunciamento do primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, uma lista de recomendações aos países emergentes. Falsa? Sem dúvida, mas representa o sentimento daquela parcela da população não contaminada pelo vírus da corrupção que clama por uma saída.

Porque um chinês a dar receitas aos países emergentes, já que foi constatado que o número de casos de corrupção julgados pelos tribunais chineses aumentou cerca de um terço no ano passado? O fato é que desde que assumiu o cargo há mais de quatro anos, o presidente chinês Xi Jinping vem classificando como uma “luta de vida ou de morte” o combate contra a corrupção no país e no partido.

Voltando ao nosso país, acredito que o começo para uma mudança dessa triste realidade passaria necessariamente por uma total e radical mudança na educação de nossas crianças e adolescentes. Ampliar consideravelmente os investimentos na formação intelectual e moral é a maior arma para que um país cresça produzindo eficientes profissionais do mundo.

Outro aspecto que pode parecer, para os defensores radicais dos direitos humanos, uma aberração, mas a pena de morte por crimes realmente comprovados e hediondos, como a corrupção, poderia ser um passo. Eliminar criminosos perigosos assusta os demais criminosos e acarretaria uma sensível economia do estado que investe pesado para manter pessoas na reclusão. Muitos desses condenados são considerados irrecuperáveis, mas a hipocrisia de alguns não deixa que seja sequer cogitada essa medida. O maior rigor no julgamento e na aplicação de penas rígidas, principalmente para os políticos corruptos, refletirá numa positiva mudança na cultura e no comportamento das pessoas em um futuro não muito distante.

Também, ao invés de aumentar impostos em uma tributação já extorsiva, poder-se-ia reduzi-la e aumentar a receita com a redução drástica dos salários e gastos de políticos.

Outras medidas são também sugeridas, mas todas passam pela educação e rigidez na aplicação das leis. Assim poderemos vislumbrar uma luz no final do túnel.