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As marcas da violência estão no Brasil

Outra vez faço uma propaganda positiva do Governo do Estado, ao lembrar que os investimentos na Educação, Saúde e Infraestrutura têm dado uma ‘nova cara’ a Alagoas. O ajuste fiscal também tem garantido a governabilidade de Renan Filho.

Mas quando o assunto é o tráfico de entorpecentes e a violência, qualquer investimento em segurança será básico, até que a raiz do problema seja arrancada. Claro, não será em médio prazo.

Droga e violência passaram a caminhar juntos desde o final da década de 80. As facções criminosas passaram a ter status de crime organizado. A patente foi dada pelos governos estaduais e a imprensa foi dando valor, cada vez mais, ao noticiário policial. José Luiz Datena, na Band, com o Brasil Urgente, e Marcelo Rezende, na Record, com o Cidade Alerta, são os líderes de audiência no horário, em rede nacional. Por aqui Plantão Alagoas, na TV Ponta Verde, e Fique Alerta, na TV Pajuçara, também lideram o horário, noticiando mortes violentas, fugas e prisões, a maioria de jovens deliquentes, envolvidos com o tráfico de drogas.

Está claro que os investimentos do Governo do Estado, com a criação dos Centros Integrados de Segurança Pública (Cisp’s) e a construção e reforma nos presídios são importantes. Mas também está claro que só polícia nas ruas, viaturas novas e presídios não são suficientes para que tenhamos a tão sonhada paz e tranquilidade.

Há um Estado de segurança que não se fala. O Brasil, acredite, está perdendo a guerra social há décadas e Alagoas passou a ser destaque nacional justamente pela fraqueza de políticas públicas, de governos que acompanharam o ritmo do Brasil.

O tráfico de drogas e a violência, senhoras e senhores, estão juntos há muito tempo em todos os Estados da Federação. Nunca concordei com a excessiva comemoração do Governo do Estado, aí vem a crítica, ao propagar de forma exacerbada a redução dos números.

É importante que a população saiba que passamos por um momento de transformação e que os efeitos do plano de ação adotado pelo Governo do Estado, na gestão de Renan Filho, infelizmente, não são milagrosos.

Há uma semente plantada, mas é preciso acompanhamento e esperar o tempo certo para colher os frutos. Do contrário, será o mesmo que ter plantado vento.