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 (Crédito: Reprodução) (Crédito: Reprodução)

Os quatro réus denunciados pelo incêndio na boate Kiss, em Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul, irão a júri popular. A decisão foi divulgada nesta quarta-feira (27) pelo Tribunal de Justiça. Ao todo, 242 pessoas morreram em decorrência da tragédia.

O juiz Ulysses Fonseca Louzada, titular da 1ª Vara Criminal da Justiça de Santa Maria, decidiu pela sentença de pronúncia por entender que há indícios de autoria e materialidade contra Elissandro Callegaro Spohr, conhecido como Kiko, e Mauro Londero Hoffmann, sócios da casa noturna, o músico Marcelo de Jesus dos Santos e o produtor de palco Luciano Bonilha Leão, ambos da banda Gurizada Fandangueira.

Conforme divulgado pela rádio Guaíba, os réus foram acusados pelo crime de homicídio com dolo eventual (quando a pessoa assume o risco de causar a morte), qualificado por meio cruel (fogo e asfixia) e motivo torpe (ganância) das 242 vítimas fatais, além de tentativas de homicídio dos mais de 600 feridos no incêndio. Os sete jurados do Conselho de Sentença decidirão se os quatro são culpados ou inocentes das acusações.

Nesta quarta-feira, estão sendo lembrados três anos e seis meses do incêndio da boate Kiss. Uma vigília foi montada por familiares das vítimas em uma tenda montada no centro da cidade. Segundo o presidente da AVTSM (Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia), Sérgio Silva, a programação consta de orações e momentos de reflexão. Às 18h será realizado o tradicional minuto do barulho.

A tragédia

O incêndio na boate Kiss começou por volta das 2h30 do dia 27 de janeiro de 2013. Dos que participavam de uma festa organizada por estudantes da UFSM (Universidade Federal de Santa Maria), 242 morreram em decorrência das chamas.

Segundo testemunhas, o fogo começou quando um dos integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que acabara de subir ao palco, lançou um sinalizador, que encostou na forração do teto. As pessoas não teriam percebido o fogo de imediato, mas assim que o incêndio se espalhou, a correria começou. Os extintores posicionados na frente do palco não teriam funcionado.

Algumas pessoas não conseguiram encontrar a única porta de saída do local e correram para os banheiros. Aqueles que conseguiram fugir em direção à saída, ficaram presos nos corrimãos usados para organizar as filas. A boate foi tomada por uma fumaça preta e as pessoas não conseguiam enxergar nada. A maioria morreu asfixiada dentro dos banheiros ou na parte dos fundos da boate.

Fonte: R7