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201601081219_aeaaf0dac7Enquanto o Índice de Preços ao Consumidor – Amplo (IPCA), conhecido como inflação oficial, fechou, em 2015, em 10,67% no País, Maceió ficou abaixo dos dois dígitos. Ainda assim, os números são elevados: por aqui, a inflação ficou em 9,76% em 2015, no somatório de janeiro a dezembro do último ano.

Os grupos que mais puxaram o IPCA para cima foram alimentação, habitação e transportes. A alimentação, por exemplo, subiu 7,69% no acumulado anual, influenciada principalmente pelos preços de itens como o tomate, que teve um aumento de 20%, e a cebola, que chegou aos 60%.

Segundo o supervisor de Estudos e Análises da Secretaria de Estado do Planejamento e Gestão (Seplag), Gilvan Sinésio, habitação teve um crescimento de 13,38%, impulsionado em especial pela alta da energia elétrica e da água, e transportes, que ficaram 11,07% com o encarecimento de combustíveis, passagens aéreas e pneus.

“Despesas pessoais também foi item que teve muita elevação, a maior de todas, com 14,19%. Isso se deve principalmente ao aumento de custos com cartórios e serviços bancários, além de empregadas domésticas”, esclarece. “Esses foram os grupos que mais influenciaram nesse resultado”.

Gilvan Acrescenta que a inflação ficou maior que o esperado e o indicador pode ser considerado alto. No começo do ano, os órgãos tinham uma previsão de que o Índice de Preços ao Consumidor – Amplo ficasse entre 4,5% e 6,5%. Com o percentual de mais de 9% em Maceió, o acumulado é 70% maior que o esperado.

“É muito alto, 70% mais do que esperávamos”, diz o supervisor, lembrando que, a consequência prática na vida do cidadão é um rendimento menor dos salários. “Trabalhamos com grupos essenciais para a sobrevivência, como alimentação, habitação, Todos eles tiveram aumento significativo e isso influencia demais nos gastos”, expõe.

O técnico ressalta que o índice esperado para este ano de 2016 ainda não foi divulgado, mas deve ficar em torno de 6,75%.  Atualmente, o estudo da inflação é feito apenas em Maceió. Outros municípios, como Arapiraca e Santana do Ipanema, devem entrar nas pesquisas de preço.

Brasil

O IPCA foi divulgado nesta sexta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa ficou em 10,67% no acumulado anual, resultado que indica que a inflação fechou bem acima do teto da meta de inflação do Banco Central para o ano de 2015.

Assim como em Alagoas, no restante do País o que mais pesou no bolso do brasileiro foi o aumento de preços dos alimentos e das bebidas: de 8,03% em 2014, a taxa subiu para 12,03%. O aumento não foi o mais forte entre todos os tipos de gastos analisados pelo IBGE, mas seu peso é o maior no cálculo do índice.

De acordo com o instituto, o maior impacto na análise individual dos itens – não dos grupos – partiu da energia elétrica e dos combustíveis. A conta de luz ficou, em média, 51% maior que em 2014. Já a elevação no preço da gasolina autorizada pela Petrobras no início de setembro fez com que o reajuste no valor dos combustíveis fosse de 21,43%.