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O dólar terminou em alta de 1,26% nesta quarta-feira, negociado por 3,75 reais, após a prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), e do banqueiro André Esteves, controlador do BTG Pactual. Para os investidores, a detenção do senador foi a mais negativa. Na visão de operadores, ela aumentou as dúvidas sobre a capacidade do governo de conseguir aprovação para as medidas do ajuste fiscal que ainda precisam do aval no Congresso.

Na máxima do dia, a moeda chegou a subir 2,80%, a 3,80 reais. O avanço interrompeu algumas semanas de tranquilidade no mercado de câmbio, quando o dólar chegou a cair abaixo de 3,70 reais embalado por aparente trégua no cenário político.

“Dentro de uma calmaria que aconteceu em um pequeno espaço de tempo, apareceu uma incógnita. Temos que ver como isso vai se desenrolar em termos de travar a agenda legislativa, porque é o cenário político que motiva o prêmio de risco no Brasil”, disse o sócio-gestor da Absolute Investimentos, Roberto Campos.

A prisão de Delcídio e de André Esteves ocorreu no âmbito da operação Lava Jato, que investiga esquema bilionário de corrupção na Petrobras e em outras estatais. Operadores temem que a detenção do senador sirva travar mais uma vez as votações no Legislativo e dificulte ainda mais o avanço do ajuste fiscal. A sessão de votações do Congresso Nacional marcada para esta manhã foi suspensa pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), sendo que na pauta estavam a mudança da meta fiscal de 2015 e a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2016.

Operadores ressaltaram, no entanto, que o impacto das prisões sobre a agenda legislativa não está claro e o maior pessimismo visto sobretudo pela manhã, quando a moeda americana foi a 3,80 reais, pode ter sido exagerado.

Investidores também adotaram alguma cautela antes do feriado do Dia de Ação de Graças, que deixará os mercados americanos fechados nesta quinta-feira. No Brasil, os mercados funcionarão normalmente, mas a ausência de investidores estrangeiros deve limitar a liquidez.