Unidade Nacional
Hoje é comum os discursos que apregoam os direitos das minorias sociais, a união das diferenças, o respeito aos semelhantes.
O Pacto Internacional dos Direitos Econômicos, Sociais e Culturais apontam grupos distintos na população brasileira e os definem pelas características étnicas, religiosas ou linguísticas. Registram ainda que esses grupos vêm sendo vítimas de discriminação, atitudes abomináveis e que devem ser combatidas. O grande problema, no entanto, é que para resolver ou minimizar essa dita segregação os meios até então encontrados são, possivelmente, não tão adequados. A solução buscada tem sido o endurecimento de uma legislação essencialmente punitiva.
A descriminalização racial, a mais evidente entre as descriminalizações e que aparentemente foi resolvida com a abolição dos escravos, vem retomando um lugar de destaque nos dias atuais. O Brasil volta a ser racista? Não acredito.
Sempre defendi a tese que o brasileiro é eminentemente classista e não racista. Haja visto que um negro limpo, bem vestido e perfumado tem acesso em todos os lugares, enquanto um branco sujo, maltrapilho e malcheiroso é refutado.
Como podemos alcançar uma unidade nacional se o que identificamos, e que parece estar tomando um rumo sem controle, é a segregação por parte das próprias minorias.
Se bem observarmos, grupos minoritários estão assoberbando e incentivando sentimentos separatistas e discriminatórios abertamente. Presenciamos no cotidiano a apologia da raça negra, da homossexualidade, de algumas religiões praticadas e amplamente difundidas como as únicas que levam à salvação. E seriam essas praticada com intenções de união de um povo?
Atitudes como estas são certamente as que incentivam o separatismo e a rejeição pelos grupos antagônicos ou dominantes. Isto sim é descriminalização acentuada e perigosa. E isso é o que deve ser combatido para que não cheguemos a uma situação conflitante entre irmãos no nosso país.
Paulo Alencar