Jovem disse chorando que queria romper com Gabriel Monteiro, diz irmão

Em depoimento, irmão diz que adolescente de 15 anos que apareceu em vídeos íntimos com vereador queria terminar, “mas não conseguia”

Rio de Janeiro – Jovem de 15 anos filmada mantendo relações sexuais com o vereador Gabriel Monteiro (PL) já teria procurado o irmão chorando por conta da proximidade com o parlamentar.

Um dos irmãos da menina afirmou em depoimento à 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes), ao qual o Globo teve acesso, a adolescente já o teria procurado chorando dizendo que queria terminar o relacionamento, “mas não conseguia”.

De acordo com o parente, o episódio teria ocorrido cerca de quatro meses antes de as denúncias contra Monteiro serem veiculadas. O vereador é acusador por ex-funcionários de abuso moral e sexual.

No entanto, o irmão da vítima também disse aos agentes que a jovem dizia que Monteiro sempre “a respeitou” e “tratou com carinho” durante os 10 meses em que se relacionaram.

Ao ser ouvida, acompanhada da mãe, a adolescente afirmou que conheceu o vereador na academia e que começaram a conversar pelas redes sociais. Uma semana após o início da conversa, ela teria sido convidada para ir à casa de Gabriel Monteiro.

“Rolou beijos, abraços, nós transamos”, contou. Desde então, ela passou a “ir praticamente todo dia”.

No depoimento, a adolescente também disse que o parlamentar chegou a visitar sua casa e conhecer sua família, informação que é confirmada por seu irmão. De acordo com ela, os dois faziam passeios juntos como um casal.

Na manhã de quinta-feira (7/4), agentes da 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes) cumpriram mandados de busca e apreensão em 11 endereços ligados ao parlamentar.

A delegada assistente Talita Roberta Carlos Carvalho, que assina a ordem de busca e apreensão, afirma que, apesar de ter sido negado pelo vereador, “não há mais dúvidas” de que Monteiro tinha “ciência da menoridade da vítima”.

Carvalho cita ainda que existem “fortes indícios de autoria e de materialidade” de dois crimes previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Cassação

Após denúncias de estupro de quatro mulheres, gravações forjadas com criança para se autopromover e com um morador em situação de rua que foi convencido pela equipe de Gabriel Monteiro a simular um furto, o Conselho de Ética e Disciplina da Câmara de Vereadores abriu um processo de cassação contra o vereador.

O vereador nega as acusações, se diz perseguido. Ele acusa os ex-funcionários de fazerem um complô com denúncias falsas contra ele.

Na próxima terça-feira (12/4), o Conselho vai escolher quem será o relator do caso. Para ser cassado, serão necessários 34 votos dos 51 parlamentares em decisão do plenário da Casa.

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