Operação da PF desarticula quadrilha alagoana acusada de invadir contas da Caixa Econômica

Na manhã desta quinta-feira (22) agentes da Polícia Federal em Alagoas deram andamento ao cumprimento de mandados durante a Operação “Fim da Linha”, que busca desarticular uma organização criminosa que atuava na capital alagoana e era responsável pela lavagem de dinheiro e receptação de valores decorrentes de invasão de contas bancárias da Caixa Econômica Federal nos anos de 2017 e 2018.

Ao todo estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão e prisão preventiva. De acordo com a Polícia Federal, as investigações se iniciariam a partir de comunicação da Caixa Econômica Federal relatando que a conta de uma pessoa da cidade de Salto, no estado de São Paulo, havia sido invadida por “hackers”, que transferiram a quantia de R$ 10 mil reais para uma conta na cidade de Maceió.

Após a instauração de inquérito policial na Polícia Federal em Alagoas, foram realizadas pesquisas no Banco Nacional de Fraudes Bancárias, via Força Tarefa Tentáculos, que é uma parceria entre a Polícia Federal, e nas Instituições Financeiras no combate a fraudes bancárias, que revelou que outras contas alagoanas também receberam dinheiro de contas invadidas na cidade de Salto/SP.

Com o aprofundamento das investigações, foi identificada uma organização criminosa em Maceió que recrutava pessoas que se dispunham a receber essas transferências fraudulentas de valores em suas contas e depois entregá-los em espécie aos recrutadores, recebendo em troca uma pequena parcela daquele valor.

Há robustos elementos que apontam que a atuação dessa organização criminosa esteja relacionada ao grupo preso na operação “Bandeirantes” deflagrada em 2018 pela Polícia Federal, que desarticulou uma organização criminosa nacional que fraudava sistemas informatizados de instituições financeiras para desviar recursos de correntistas.  

O prejuízo estimado para a Caixa Econômica Federal, até o momento, foi de aproximadamente R$ 250.000,00 (duzentos e cinquenta mil reais), que poderia ter sido bem maior caso o Banco não tivesse agido a tempo e bloqueado várias outras transferências realizadas pelos criminosos.

Durante o cumprimento dos mandados, policiais federais prenderam o líder dessa organização criminosa em Recife/PE e será encaminhado ao sistema prisional alagoano após ser submetido a exame de corpo de delito. Segundo as investigações, o preso já respondeu pelos crimes de roubo e estelionato perante a Justiça de Alagoas.

Os investigados responderão pelos crimes de Organização Criminosa (art. 1º, § 1º da Lei 12.850/13), Lavagem de Dinheiro (1º da Lei nº 9.613/98), Receptação (art.  180 do Código Penal) e Participação em Furto mediante Fraude (artigo 155, § 4º, II do Código Penal).  

Seguindo todos os protocolos de cuidados do Ministério da Saúde em face da pandemia do Covid-19, a Polícia Federal continua trabalhando.

O nome da operação é tanto uma referência ao destino final dos recursos subtraídos em outros estados e que eram direcionados às contas bancárias em Maceió, bem como uma mensagem de que o Estado não permitirá que continuem a praticar esses crimes.

cadaminuto

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