A preocupação em relação ao crescente consumo de energia associado à Inteligência Artificial (IA) está chamando a atenção de especialistas e executivos do setor de tecnologia.
Em um evento recente chamado IOT (Powering the Digital Economy), Caroline Hargrove, CTO da empresa Ceres Power, especializada no desenvolvimento de tecnologias de energia limpa, expressou sua inquietação com esse tema, destacando o impacto ambiental da utilização da IA.
“O que me assusta é o consumo de energia se você está utilizando o ChatGPT”, destacou Hargrove.
Esta preocupação ganha relevância diante de dados alarmantes apresentados em um relatório da Agência Internacional de Energia, que revelou que enquanto uma busca média no Google consome cerca de 0,3 watt-hora de energia, já a resposta a um prompt no ChatGPT consome 2,9 watt-hora.
O relatório também projeta um aumento exponencial na demanda de eletricidade devido ao crescimento da indústria de IA, estimando que até 2026 essa demanda possa chegar a ser dez vezes maior do que foi em 2023.
A preocupação com o consumo de energia não se limita apenas aos recursos utilizados durante seu funcionamento, mas também aos impactos secundários, um documento publicado por grupos conservacionistas alerta que atender às demandas energéticas da Inteligência Artificial pode exigir a construção de um número dobrado de data centers, o que resultaria em um aumento significativo nas emissões responsáveis pelo aquecimento global.
A situação é tão preocupante que, segundo reportagem da Bloomberg, nos Estados Unidos, há indícios de que a permanência de usinas elétricas à base de carvão, altamente prejudiciais ao meio ambiente, pode ser prolongada devido à crescente demanda de energia pela IA. Estudos adicionais sugerem que, até 2027, os data centers podem consumir mais eletricidade do que toda a Holanda.
Fonte : msn