19 DE DEZEMBRO DE 1961 – A Índia (então chamada de União Indiana) retoma “manu militari” as possessões portuguesas em Goa, Damão e Diu, ocupações coloniais lusitanas na Ásia desde o século XVI. Portugal estava sob a ditadura nacionalista de António Salazar e tentou manter aquelas possessões, mas não conseguiu resistir às tropas indianas.
Parada decida na bala, que contrapôs os 3.300 militares portugueses lotados na área a 45 mil soldados indianos. A marinha lusitana dispunha de três lanchas e um “barco de aviso” enquanto a Índia mobilizou um porta-aviões, um cruzador, três contratorpedeiros, quatro fragatas e 50 aviões de guerra (caças e bombardeiros).
Depois de apenas dois dias de combates, se deu a óbvia vitória da Índia. Os mortos e feridos em ambos os lados se equivaleram; e 4.668 portugueses, entre militares e civis, foram feitos prisioneiros de guerra. E assim se findou o Estado Português da Índia, depois de 456 anos de ocupação e dominação.
Por Enio Lins