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Após constatar crimes de pedofilia de três suspeitos durante a 5ª fase da operação Luz na Infância em Alagoas, peritos do Instituto de Criminalista (IC) se preparam para a fase de exames em laboratório. Todo o material apreendido será analisado pela Chefia de Perícias de Crimes de Informática.

De acordo com o Chefe do Instituto de Criminalística Wellington Melo, que participou da operação juntamente com os peritos criminais Charles Almeida e Ivan Excalibur, a integração dos órgãos de segurança pública do Estado garantiram os flagrantes e o recolhimento de muitos vestígios. O material foi apreendido pela Polícia Civil e será encaminhado ao IC para serem analisados individualmente, objetivando localizar novas provas técnicas.

“A participação dos peritos criminais nesse tipo de operação é muito importante para se constatar, nos locais alvos das buscas, a existência ou não de vestígios digitais relacionados aos crimes investigados. Ao chegar no local o perito examina os dispositivos de informática para identificar se há armazenamento, compartilhamento e/ou produção de conteúdo de pornografia infanto-juvenil. Ao comprovar essa prática, os peritos informam às equipes policiais para que as medidas cabíveis sejam tomadas. O trabalho de local é concluído com a confecção de um relatório que subsidia o flagrante”, explicou o Chefe do IC.

Serão analisados pelos peritos dois HDs externos, dois pendrives, dois cartões de memória, e 1 notebook apreendidos na residência do funcionário da Caixa. Um aparelho de telefone celular; quatro HDs e um pendrive apreendidos na casa de um guarda municipal; e um material de informática também apreendido na casa do estoquista de uma empresa farmacêutica.

“Iremos realizar exames mais profundos nos materiais de informática apreendidos confirmando os crimes de pedofilia praticados pelos alvos. Estes exames em laboratório são mais detalhados e requerem um maior tempo de realização e equipamentos especializados. O Setor de Pericias de Crime de Informática do Instituto de Criminalística de Alagoas atua de modo a produzir provas materiais e objetivas sobre os casos”, explicou o perito Charles Almeida

Luz na infância

A operação foi realizada simultaneamente em 6 países com o objetivo de combater crimes de abuso e exploração sexual contra crianças e adolescentes, praticados na internet. No Brasil ela foi deflagrada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e cumpriu mandados de prisão e de busca e apreensão em 14 estados, e no Distrito Federal.

Segundo o Ministério da Justiça, nas fases anteriores da operação foram presos em flagrantes 546 suspeitos de praticar o crime de abuso e exploração sexual na internet contra crianças e adolescentes. Além dessas prisões, também foram cumpridos no mesmo período 1.112 mandados de busca e apreensão.

As penas para os crimes dos investigados variam de 1 a 8 anos de prisão. Quem armazena material de pornografia infantil tem pena de 1 a 4 anos de prisão. Para quem compartilha, a pena é de 3 a 6 anos de prisão. A punição alcança 4 a 8 anos de prisão para quem produz esse tipo de material.

Fonte: Aarão José/Ascom-POAL