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Cabo Bebeto respondia a procedimento disciplinar na corporação desde o ano de 2016 após “abandonar posto”

O deputado eleito Cabo Bebeto (PSL), antes mesmo de ir para a reserva remunerada para se tornar parlamentar, pode ter que ficar seis dias recolhido à prisão. Isso porque, ao final de um procedimento disciplinar da Polícia Militar, a prisão dele foi decretada . Apesar da decisão, o militar ainda não decidiu se vai recorrer da prisão. A assessoria do deputado eleito disse que ele não foi informado oficialmente, tomando conhecimento apenas da prisão por meio do Boletim Geral Ostensivo (BGO).  

De acordo com a Polícia Militar, a medida como punição se dá em virtude de o militar ter “abandonado, sem ordem do superior, o posto e o serviço que lhe cumpria executar, sendo estes serviços de Comandante de Guarnição da ROCOM 2 e de Permanência ao PM BOX da Pajuçara, respectivamente”.  O referido fato foi registrado entre os dias 06/02/15 e 20/02/15. O despacho com a ordem de prisão é assinado pelo comandante da Polícia Militar de Alagoas, coronel Marcos Sampaio.

 

“Ao lhe ser assegurado o direito à ampla defesa e ao contraditório, exerceu-o, porém não justificou o ato transgressional. Transgressões disciplinares de intensidade grave. Degrada para o comportamento BOM, devendo cumprir a punição no CFAP”, diz um trecho do decreto de prisão publicado no boletim interno da corporação. 

 

Mas, o processo disciplinar em questão teve origem em 2016. Desde que a notícia se espalhou pela imprensa, a Gazetaweb buscou contato com o militar. Um assessor do policial, que o acompanha, informou que ele se encontra em reunião com advogados. 

O Cabo Bebeto foi eleito com 31.531 votos pelo PSL, mesmo partido de Jair Bolsonaro. Esta não foi a primeira vez em que ele disputou cargo público. Há dois anos, o militar foi candidato a vereador por Maceió e não foi eleito por pouco mais de 500 votos. Antes, porém, em 2014, havia tentado uma cadeira na Câmara Federal. 

Por conta da formação militar, tem dito que pretende se aprofundar na pauta da segurança pública, mas também em projetos sobre educação. 

Em nota, o Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL) prestou solidariedade ao Cabo e pede que as autoridades da Secretaria de Segurança Pública (SSP) revejam a determinação. Para o Sindicato, a decisão vai de encontro ao estado democrático de direito brasileiro.

Também por meio de nota, o Sindicato dos Agentes Penitenciários de Alagoas (SINDAPEN) ressaltou que o Cabo Bebeto luta pela classe dos trabalhadores através da Ordem dos Policiais do Brasil (OPB) e que ele vem sendo reprimido pelo governo.

Confira as notas na íntegra

SINDPOL

O Sindicato dos Policiais Civis de Alagoas (Sindpol-AL) vem a público manifestar solidariedade ao Cabo Bebeto, que teve prisão decretada pelo Comandante da Polícia Militar, coronel Marcos Sampaio.

O Sindpol repudia a determinação do comandante da PM, considerando-a inoportuna, que afronta os direitos do militar, bem como a sua atual condição de parlamentar eleito.

O Cabo Bebeto vem de uma trajetória de luta e  de prestação de serviços aos profissionais de segurança pública, colocando-se em defesa das categorias da segurança pública, inclusive, participou do ato público contra o Governo do Estado, realizado pelo Sindpol, contra o atraso de quatro meses de pagamento às empresas terceirizadas. O não pagamento pôs em caos as delegacias, com a falta de serviços de limpeza e de alimentação dos presos.

O Sindpol solicita que as autoridades da Secretaria de Segurança de Alagoas revejam a determinação e retirem a punição ao militar, pois tal decisão vai de encontro ao estado democrático de direito brasileiro.

SINDAPEN

Nós agentes penitenciários através do SINDAPEN, sindicato que sempre luta pelos direitos dos trabalhadores da classe, igualmente faz o policial militar cabo Bebeto, que sempre luta pela sua classe, através da OPB – ordem dos policiais do Brasil – onde é conselheiro. Vimos este militar sempre sendo reprimido pelo governo, pelas suas falas contra o arcaico regime militar, com um regulamento disciplinar da época de criação da polícia militar, precisar ser renovado e atualizado, trabalho que este parlamentar pode e deve trabalhar pra revisar-lo, pois trata de um regulamento que como acompanhamos, sempre pune os mais fracos, por vezes cometendo injustiças contra alguns praças por vaidade de superiores. Ou por tentar calá-lo antes l do mesmo se pronunciar, por pressão interna.

Entendemos que estes servidores públicos tem sim que respeitar a hierarquia existente em regime próprio, mas o que acompanhamos diariamente é uma perseguição aos militares que não se submetem aos desmandos e ordens ilegais.

Cabo Bebeto foi eleito com mais de 31 mil votos de alagoanos que querem mudança na política nacional e local, exigimos respeito à ele e aos alagoanos que acreditaram no nome dele.

 

fonte Gazetaweb