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Antes de culpar alguém se lembre em quem votou no domingo, 7 de outubro, e por qual razão confirmou o voto. Pouquíssimas pessoas têm a noção do que representará o novo ciclo político para Alagoas que terá, apenas, Renan Calheiros e Fernando Collor como sobreviventes com mandato, desde o início da chamada Sexta República Brasileira (a partir de 1985).

Dos políticos que iniciaram a vida pública ainda na Ditadura Militar (ou Quinta República), Collor é o único ex-prefeito de Maceió e ex-governador do Estado no exercício do mandato. Renan é o único em atividade que passou pela Assembleia Legislativa e Câmara Federal.

A tendência natural é que os dois estejam na última viagem. Renan, aos 63 anos de idade, tem 40 de vida pública. Eleito para o quarto mandato como senador, terá oito anos pela frente e seu único voo previsto é encerrar a carreira como governador de Alagoas, seu primeiro grande sonho.  

Já Fernando Collor, aos 69 anos e também com 40 anos de política, tem mais quatro como senador. Pelo retrospecto das três últimas eleições, dificilmente optará por encerrar a carreira num combate desfavorável – por tudo.

Aos 200 anos, com exceção de Collor, nenhum ex-governador do Estado ou prefeito da capital detém mandato. Em 2020, quando Rui Palmeira deixar a prefeitura de Maceió, nenhum dos ex-prefeitos da capital e ex-governadores terá representante direto exercendo mandato na ALE, Câmara Federal, Senado ou Governo.

PS.: Rui é filho de Guilherme Palmeira, ministro aposentado do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele foi prefeito de Maceió, deputado estadual, senador e governador.

Histórico
Collor
 foi prefeito de Maceió (1979 – 1983), deputado federal (1983 – 1987), governador (1987 – 1989), presidente da República (1990 – 1992), senador (2007 e reeleito em 2014 – tem mais 4 anos de mandato.

Renan foi deputado estadual (1979 – 1983), deputado federal (1983 – 1991), Senador desde 1994, foi reeleito para o quarto mandato. Entre 1998 e 1999, foi ministro da Justiça. Presidiu o Congresso Nacional por quatro vezes.

A moral da história é:
A chamada Nova Política entra e vigor a partir de janeiro de 2019, com uma renovação jamais vista desde o período da redemocratização, em 1985. Os últimos moicanos estão aí, com experiência, história e histórico. Aos novos, que saibam discernir vitória nas urnas, com o que fazer com ela, em quatro e oito anos.