A ação penal foi ajuizada pelo promotor de justiça Ramon Formiga, titular da Promotoria de Teotônio Vilela. Segundo ele, testemunhas disseram que depois de ter sido dispensando do trabalho, que exercia na Granja de propriedade do pai de Neuton Pereira da Silva, Luiz Henrique de Oliveira contou para familiares e amigos próximos que estava sendo ameaçado, por cobrar seus direitos trabalhistas.
“Em relatório de inteligência policial, consta que o denunciado Neuton Pereira da Silva teria planejado a morte das vítimas, após seu pai informar que Luiz Henrique estava cobrando direitos trabalhistas. Enquanto o outro denunciado, Denewton, teria participado da execução ao conduzir seu próprio carro para transportar o executor ao local do crime e prestar auxílio na fuga. No mesmo relatório, consta que o denunciado Josimar, guarda municipal e vigilante, seria o executor dos tiros”, conta o promotor Ramon Formiga em um dos trechos da ação.
Uma testemunha disse ainda que Luiz Henrique teria feito um acordo extrajudicial com os acusados e por isso receberia R$ 20 mil. Depois disso, ele procurou um amigo e pediu para ficar em sua casa, pois estava desconfiando que poderia ser assassinado pelo ex-patrão e que o acordo teria sido apenas um disfarce antes do crime. A vítima ainda confessou que estava pensando em procurar a polícia, já que as ameaças continuavam.
“No dia do crime, as vítimas estavam na porta de casa, conversando com a mãe de uma delas, quando se aproximou o vigilante Josimar dos Santos Silva, que deu um telefonema e se afastou do trio. Logo depois, chegou um carro de onde desceram homens encapuzados que efetuaram os disparos. Testemunha reconheceu o carro utilizado pelos criminosos como sendo de Denewton Bergame”, revela a denúncia do Ministério Público.
A mãe de Diogo da Silva Santana, disse acreditar que seu filho só foi assassinado por que estava no local do crime, mas ela também acredita que o motivo dos assassinatos eram as cobranças trabalhistas feitas por Luiz Henrique