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Mal. Deodoro da Fonseca

INÍCIO DE VIDA

Marechal Deodoro nasceu na cidade de Alagoas, atual Marechal Deodoro, em Alagoas, no dia 5 de agosto de 1827 e estudou em escola militar desde os 16 anos. Em 1848, aos 21 anos, integrou as tropas que se dirigiram a Pernambuco para combater a Revolução Praieira e participou ativamente de outros conflitos durante o Império, como a brigada expedicionária ao rio da Prata, o cerco a Montevidéu e da Guerra do Paraguai.

Ingressou oficialmente na política em 1885, quando exerceu o cargo de presidente (equivalente ao atual de governador) da província do Rio Grande do Sul. Assumiu a presidência do Clube Militar de 1887 a 1889 e chefiou o setor antiescravista do Exército.

A REPÚBLICA

No dia 11 de novembro de 1989, em meio a intenso movimento que se formava em torno de ideais republicanos, recebeu em sua casa no Campo de Santana, Quintino Bocaiuva e Aristides Lobo que se uniram ao Almirante Eduardo Wandenkolk, e todos clamaram pela liderança do Marechal para levar adiante a derrocada da Monarquia. Deodoro muito relutou a princípio, mas acabou concluindo: “Se assim querem, que leva à breca a monarquia. Façamos a República! ”

Ao cair da noite daquela quinta-feira, 14/11, o jornalista Quintino Bocaiúva, junto à outros republicanos, decidiram que “era tudo ou nada” e próximo à meia noite o 1º Regimento de Cavalaria já estava em armas.

O Visconde de Ouro Preto e Floriano Peixoto seguiram para o Quartel General no Campo de Santana.

Na madrugada de 15 de novembro de 1889, o Tenente-coronel Benjamim Constante, mandou seu cunhado, o Tenente Bittencourt Costa à casa de Deodoro e do Major Botelho Magalhães para sublevar os alunos da Escola Militar.

Deodoro certificando-se da veracidade do recado levantou-se com dificuldade, pois estava acometido de um ataque de dispneia (dificuldade de respirar associada a doença cardíaca ou pulmonar). Fardou-se, colocou um revolver no bolso e os arreios do cavalo num saco de lona. Dona Mariana, sua mulher, tentou com todos os argumentos o impedir de sair, mas Deodoro pegou um “carro” e mandou o cocheiro seguir para São Cristóvão.

Quartel General no Campo de Santana – Rio de Janeiro

Ao chegar no Quartel General, Deodoro montou num cavalo e ordenou à tropa que o aguardava para avançar. Quando passou pelo portão do Ministério da Guerra, e diante da hesitação da Polícia e Marinha em dar combate, o marechal acenou com o quepe e ordenou às tropas que se apresentassem. As tropas se perfilaram e ouviram-se os acordes do Hino Nacional.

Às oito horas, apesar das ordens do Ouro Preto que se encontrava no 1º andar do Quartel General, os mais de dois mil homens aderiram ao movimento ou simplesmente nada fizeram.

Deodoro, mesmo com dificuldades, constatando que tudo estava bem, ordenou aos regimentos que voltassem aos quartéis e voltou para casa.

À tarde do mesmo dia 15, Benjamim Constant e os republicanos Aníbal Falcão, Pardal Mallet e Silva Jardim, percebendo que a República não havia sido proclamada, arregimentam algumas pessoas, se dirigem para a Câmara onde redigiram um documento com o seguinte teor:

“ O POVO, REUNIDO EM MASSA NA CÂMARA MUNICIPAL FEZ PROCLAMAR, NA FORMA DA LEI AINDA VIGENTE, PELO VEREADOR MAIS MOÇO, APÓS A REVOLUÇÃO QUE ABOLIU A MONARQUIA NO BRASIL, O GOVERNO REPUBLICANO…”

E assim foi proclamada a República sob a liderança do marechal Deodoro da Fonseca que assumiu a chefia do governo provisório.

PRIMEIRA CONSTITUIÇÃO

Promulgação da primeira Constituição Republicana

A primeira constituição republicana estabelecia que as eleições no Brasil seriam diretas e que o presidente e seu vice seriam eleitos pelo voto popular. Entretanto, determinava também que, em caráter excepcional, o primeiro presidente e o primeiro vice seriam eleitos indiretamente, isto é, pelo Congresso Nacional. Foi o que aconteceu. No dia seguinte à promulgação da Constituição, o Congresso elegeu de forma indireta os marechais Deodoro da Fonseca para presidente e Floriano Peixoto para vice-presidente, em 25 de fevereiro de 1891.

Deodoro assumiu o comando do país na qualidade de chefe do Governo Provisório da República e as primeiras mudanças de seu governo envolveram a criação do Código Penal Brasileiro, a reforma do Código Comercial do Brasil e medidas que oficializaram a separação da Igreja e o Estado, tais como a instituição do casamento civil e a laicização de cemitérios. No plano econômico de seu Ministro da Fazenda Rui Barbosa, ocorreu a chamada crise do Encilhamento, caracterizada pelo incentivo à emissão de moeda por alguns bancos e pela criação de sociedades anônimas. Como resultado, houve forte especulação financeira e falência de bancos e empresas.

RENÚNCIA

Seu governo constitucional foi marcado por forte tensão política entre suas tendências centralizadoras e as inclinações federalistas da sociedade civil e de parte dos militares, sob a influência de Floriano Peixoto, que também fazia oposição a Deodoro, o que levou à dissolução do Congresso Nacional. Sob a ameaça da Primeira Revolta da Armada, Deodoro renunciou à presidência em 23 de novembro de 1891. No ano seguinte, Manuel Deodoro da Fonseca morreu no dia 23 de agosto, vítima de uma forte crise de dispneia.