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Os números da última pesquisa Ibope, em nível nacional, apontam que 38% dos eleitores brasileiros não escolheram o candidato a presidente. Há quatro anos, na mesma época, a soma do que os cientistas políticos chamam de alienação eleitoral representava 15%.

Em Alagoas, para o governo do estado, 29% dos entrevistados disseram não saber em quem votar ou estão dispostos a anular o voto. Pior é a situação dos dois principais candidatos. Collor, segundo o Ibope, apareceu na primeira pesquisa com rejeição de 50% dos eleitores. Já Renan Filho, tem a repulsa de 27% dos entrevistados.  

Para o senado os eleitores que se mostram alheios ao processo eleitoral é assustador (para os candidatos). Segundo os números do Ibope22% dizem que votarão branco ou nulo para o 1º voto e 33% para o segundo voto. Os que dizem não saber em quem votar somam 22%.

Novos rumos
A desaprovação e desinteresse pelos candidatos é o pior em 20 anos. A boa notícia para os candidatos é que a maioria dos entrevistados pelo Ibope diz que vai esperar pelo guia eleitoral e inserções no rádio e TV, para definir se mudarão (ou não) de opinião.  

Para o cientista político Aellison Batista, do Vozes Pesquisa e Consultoria, muito do descrédito aos políticos é fruto dos acontecimentos provocados pela Operação Lava Jato, com o agravante da prisão do ex-presidente Lula. “Esta eleição tem uma série de particularidades que, em determinado momento, confrontam o candidato com o eleitor. Observando que será um pleito rápido, onde o candidato precisa fidelizar o eleitor. Mesmo com as facilidades de se obter informações precisas em tempo real, o eleitor está sendo bombardeado com uma avalanche de notícias falsas, as chamadas fake news. Como cientista políticos vejo que a propaganda eleitoral, na TV e no rádio, será determinante para que o eleitor interessado possa se sentir seguro em quem confiar o voto. É importante destacar que o número de indecisos e dispostos a anular o voto parte de todas as classes sociais, mas a parcela de indecisos e votos nulos e brancos aumenta entre os eleitores de baixa renda e com menos escolaridade. Mas está claro que eles representam a maioria que buscará definir o voto pela TV e pelo rádio. O natural, para este pleito, é que o guia eleitoral seja um divisor de águas. Apesar da expectativa de que a internet construirá a opinião pública, esse papel ainda caberá a televisão”, explica Aellison Batista.

O guia eleitoral e as inserções começam no próximo dia 31. Pela primeira vez os candidatos a deputado federal e estadual não terão o reforço do guia. Suas propostas serão apresentadas em inserções na TV e rádio, durante a programação.

Na disputa ao governo a situação é extremamente desfavorável para a maioria dos candidatos. Para se ter uma ideia, Renan Filho e Fernando Collor usarão 94% do tempo dos programas de rádio e TV. Das 980 inserções, Renan Filho terá 522, Collor 384, Josan Leite 26, Melquezedeque 20 e Basile 29.

No guia eleitoral Renan Filho terá 7 minutos, 26 segundos e 58 milésimos e  Fernando Collor 5 minutos, 29 segundos e 21 milésimos. Já Basile Christopoulos terá apenas 25 segundos e 43 milésimos, seguido de Josan Leite, com 21 segundos e 98 milésimos e Melquezedeque, com 16 segundos e 80 milésimos.

Simplesmente surreal, mas está na lei.