A partir da próxima sexta-feira os partidos políticos poderão abrir a temporada de convenções para escolher, oficialmente, os candidatos às eleições de 7 de outubro. O prazo começa em 20 de julho e vai até 5 de agosto.
Quadro eleitoral em Alagoas
Serão 15 dias decisivos para alguns postulantes à Câmara Federal e Assembleia Legislativa. Ainda há decisões a serem tomadas, como a manutenção da candidatura de Pedro Vilela, cada vez menos provável, e a definição de Antonio Albuquerque (para onde vão ele e Nivaldo Albuquerque).
No Senado o Big Brother eliminou três favoritos (Teotonio, Ronaldo Lessa e Rui Palmeira (sim, Rui preferia o Senado) e no final Marx Beltrão, que estava em campanha ascendente. A disputa como está desenhada ainda é uma incógnita.
Já para o governo do Estado está claro que a aposta está em duas situações:
1ª – Existe a possibilidade de Fernando Collor se lançar candidato.
2ª – O grupo oposicionista já tem o nome definido, que será apresentado na sexta-feira. Sei o nome, mas não tenho autorização para falar.
Nos dois casos a base do discurso não será o confronto de ideias, mas o complexo jogo da rejeição. Para simplificar o contexto será Renan Filho, candidato à reeleição, versus Os Contra Calheiros. Neste campo adversário o grupo político com coragem de enfrentar os líderes do MDB é restrito, mas tem densidade eleitoral. Eles apostam no item rejeição, principalmente atribuído ao senador Renan, há muito tempo bombardeado pela mídia nacional. Claro que soma-se a isso a rejeição (ainda que acanhada) ao governo de Renan Filho.
Portanto, diferente do que muita gente pensa, não existe essa teoria de WO ou jogo vencido pelo MDB. Eleição, pelo menos para os profissionais, não funciona como caixinha de surpresa. Há, como em todos os setores, os que não querem enxergar a um palmo à frente do nariz.
Dia 20 o PSDB apresenta seu nome e, até o dia 5 Collor diz para onde penderá. Ele já sabe que o caminho para vice de Renan Filho foi asfaltado pelo Pró-Estrada.
Os adversários de Renan Filho serão:
– Os Contra Calheiros;
– Políticos insatisfeitos com o tratamento dispensado;
– O próprio governador (afinal, ninguém é perfeito).
A soma dos prós e contras oscila diariamente, na mesma proporção da cotação do dólar e na variação de preço dos combustíveis.
É jogo sendo jogado.
